Os autores, que estarão em Lisboa, entre 20 e 23 de setembro, para entrevistas, dedicam um capítulo inteiro a Fátima, intitutalado “ilusão, embuste ou milagre?”.
Com prefácio do Prémio Nobel da Física, Robert W. Wilson, que considera esta “uma visão particularmente interessante sobre a ciência, a cosmologia e suas implicações filosóficas e religiosas“, aqui se apresentam os avanços científicos que provam a existência de Deus. Após três anos de trabalho com mais de 20 cientistas, o livro abala muitas das convicções colectivas porque conclui que a ciência acredita em Deus e, ao longo dos capítulos, apresentam os factos que o justifica. A obra é, pois, uma viagem através da história das descobertas científicas dos últimos 100 anos que redefiniram a nossa compreensão da existência de Deus e procura suscitar um amplo debate público. As descobertas da teoria da relatividade, da física quântica, da expansão do Universo, e da complexidade da vida chegaram umas atrás das outras. No início do século XX, acreditar num Deus criador parecia opor-se à ciência. Hoje não será o contrário?
“O objetivo deste livro é dar-vos os elementos necessários para refletir sobre a questão da existência de um deus criador, uma questão que se põe hoje em termos completamente novos. O nosso desejo é que, no final, desta demanda possam ter em mãos todos os elementos que vos permitam decidir o que vos parecer mais razoável crer, em plena liberdade e de forma esclarecida. O que aqui deixamos são factos, nada mais do que factos. Este trabalho conduz a conclusões que contribuirão, assim esperamos, para a abertura de um debate fundamental.”
No capítulo de Fátima analisam as seis hipóteses possíveis do que pode ter acontecido na Cova Da Iria, no dia 13 de Maio de 1917. “O acontecimento ocorrido nessa pequena aldeia portuguesa é único e sem precedente! São coisas nunca vistas: o anúncio com antecedência de um fenómeno prodigioso e inexplicável no céu, visível por todos, e que se dá realmente no local indicado à hora anunciada. Em Fátima tudo teve lugar à luz do dia, tanto no sentido literal como no sentido figurado: o país inteiro foi alertado para o prodígio que iria acontecer, os factos ocorreram a meio do dia perante milhares de testemunhas, e era impossível qualquer embuste. Tendo em conta o contexto político e ideológico do acontecimento, qualquer outra hipótese explicativa parece racionalmente impossível: eis por que razão o poder de convicção do milagre de Fátima é atualmente tão forte para nós como foi para as testemunhas da época. Esse milagre ocorreu para que as pessoas cressem. Não subsiste nenhuma zona de sombra em relação a esse 13 de outubro excecional.”
Que ensinamentos vai o leitor retirar deste livro depois de o fechar?
Aos crentes, esta obra permitirá compreender a que ponto as suas convicções assentam em alicerces racionais sólidos, embora a nossa época lhes diga o contrário. Este panorama de provas dar-lhes-á as armas necessárias para responder a quem vai repetindo dia após dia que a crença em Deus pertence ao domínio do irracional. Ora, isso é inteiramente falso. A verdade é mesmo o oposto: é de facto o materialismo que é uma crença irracional.
Aos que se interrogam episodicamente sobre a existência ou não de realidades espirituais e sobre as razões por que existe alguma coisa, em vez de nada, este livro permitirá compreender a que ponto a hipótese materialista é, na verdade, irrealista, e, pelo contrário, a que ponto a tese teísta é fundada.
Por fim, aos materialistas que tenham tido a paciência e a coragem de nos ler até ao fim por se preocuparem com a sua própria coerência, esta obra permitir-lhes-á tirar as medidas ao desafio perante o qual estão desde agora confrontados. Com efeito, este desafio não consiste em refutar esta ou aquela prova apresentada da existência de Deus, mas antes todas elas ao mesmo tempo! É que, em boa lógica, se uma só prova válida basta para validar uma tese, pelo contrário, para demonstrar que uma tese é falsa (neste caso a tese da existência de Deus), é necessário provar que todas as provas apresentadas são falsas.
Michel-Yves Bolloré é engenheiro informático, mestre em Ciências e doutor em Gestão de Empresas pela Universidade de Paris Dauphine. Entre 1980 e 1990 participou, em conjunto com o seu irmão, na direção do Grupo Bolloré, encarregando-se do ramo industrial. Em 1990 fundou o seu próprio grupo, France-Essor, focado na indústria mecânica.
Olivier Bonnassies graduou-se na École Polytechnique em 1990 e licenciou-se em Teologia pelo Instituto Católico de Paris. É, atualmente, empresário. Não crente até aos 20 anos, escreve livros, guiões e documentários sobre temas ligados à fé. Colabora regularmente na imprensa e nos media digitais.