Envolveu 4.020 trabalhadores de escritório e explora como a menopausa e os seus sintomas são experienciados e percecionados por mulheres e homens no local de trabalho. O estudo conseguiu concluir informações valiosas sobre os desafios e perceções diárias relacionados com a menopausa, sublinhando a importância da sensibilização e apoio nos ambientes profissionais.
O questionário revelou que uma significativa percentagem de 81% das inquiridas relatou ter sintomas de menopausa, como fadiga, afrontamentos, suores noturnos, problemas de sono, dificuldades de memória ou concentração, dores articulares e alterações de humor. Notavelmente, 68% experienciaram mais do que um sintoma, enquanto 13% experienciaram apenas um. Uma pequena parte, 12%, não reportou sintomas, e 2% não tinha a certeza.
Estes sintomas tiveram um impacto profundo em vários aspetos da vida quotidiana dos inquiridos. Para 44,5% dos inquiridos, a vida em casa foi negativamente afetada, enquanto 44,3% reportaram um impacto negativo na sua vida profissional. A vida sexual e social foi afetada em 41% e 38%, respetivamente. Curiosamente, 18% reportaram não ter tido impacto negativo devido aos sintomas.
No local de trabalho, 24% das inquiridas faltaram ao trabalho ou tiraram um dia de folga devido aos sintomas da menopausa. Adicionalmente, 18% consideraram abandonar o emprego, com 3,7% a efetivamente deixarem o trabalho devido a problemas relacionados com a menopausa. O inquérito também destacou que 68% das inquiridas discutiram os sintomas da menopausa com colegas, predominantemente com colegas do sexo feminino de idade semelhante (64%).
O apoio e a compreensão no local de trabalho foram considerados insuficientes, com apenas 43% das inquiridas a sentirem que tinham apoio de colegas e diretores. Por outro lado, 33% sentiam-se sem apoio, e 24% estavam incertos quanto ao nível de apoio. As preocupações com as suas capacidades profissionais eram evidentes, já que 38% das inquiridas temiam que as suas habilidades fossem questionadas no trabalho devido aos sintomas da menopausa. Para além disso, 33% receavam que tirar tempo de folga por causa dos sintomas da menopausa levasse à descrença ou julgamento por parte de colegas ou diretores.
A educação sobre a menopausa foi vista como benéfica, com 57% a acreditarem que educar colegas e diretores sobre a menopausa seria útil. Em termos de aconselhamento médico, 54% das inquiridas consultaram um especialista devido aos seus sintomas de menopausa, enquanto 44% não o fizeram.
Homens e menopausa
Os homens no local de trabalho apresentaram diferentes compreensões e perceções da menopausa. Quando questionados sobre o que consideravam ser a menopausa, 56% dos inquiridos do sexo masculino identificaram-na como uma mudança hormonal, enquanto 47% a viam como a ausência de ciclos menstruais. Para além disso, 30% associavam a menopausa à incapacidade de ter filhos, 21% percebiam-na como uma alteração emocional e irracional, e 21% ligavam-na a uma mudança no desejo sexual.
Quando questionados sobre os sintomas da menopausa que repararam nas mulheres no local de trabalho, 64% dos homens referiram mudanças de humor, enquanto 61% observaram afrontamentos ou suores. Irritabilidade foi mencionada por 49%, falta de energia ou cansaço por 39%, dificuldades de concentração por 27% e depressão por 24%. O inquérito também revelou que 48% dos homens reportaram ser afetados, de alguma forma, pelos sintomas de menopausa das suas colegas no trabalho.
Os níveis de conforto entre os homens para discutir temas como menstruação ou menopausa no local de trabalho foram moderados, com 48,5% a sentirem-se à vontade. Adicionalmente, 46% expressaram vontade de obter mais educação sobre a menopausa por parte dos seus empregadores para melhor apoiar as colegas, enquanto 39% não demonstraram interesse em mais educação. Quando questionados sobre como abordariam uma colega com sintomas visíveis de menopausa, 52% dos inquiridos afirmaram que lhe mostrariam mais paciência e apoio, e 38% indicaram que perguntariam como poderiam ajudar. 17% mencionaram que pesquisariam mais sobre a menopausa, enquanto 10% a considerariam um membro incapaz da equipa.
A aceitação de uma baixa médica devido aos sintomas da menopausa foi amplamente reconhecida, com quase 80% dos homens a considerarem aceitável que as mulheres tirassem baixa, compreendendo a necessidade se os sintomas fossem debilitantes.
O inquérito concluiu com um forte apelo a um maior apoio, flexibilidade e empatia para com as mulheres que experienciam sintomas de menopausa, já que 71% concordaram com a necessidade destas medidas no local de trabalho.
O estudo da INTIMINA sublinha a importância de abordar a menopausa no local de trabalho e de promover uma maior sensibilização, apoio e educação. Este inquérito faz parte das muitas iniciativas da INTIMINA para aumentar a consciencialização sobre as questões que as mulheres enfrentam em todo o mundo. Ao quebrar tabus e começar diálogos sobre a menopausa, a INTIMINA visa ajudar as pessoas a viver melhor e a alcançar o seu pleno potencial.
Ao promover um ambiente de compreensão e empatia, os empregadores podem garantir que todos os funcionários, independentemente da fase da sua vida, possam prosperar tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Através de uma maior consciencialização e apoio, a INTIMINA acredita que as mulheres podem gerir a menopausa com dignidade e confiança, levando a vidas mais saudáveis e produtivas.