Face à instabilidade que se faz sentir em outubro ao nível das reservas de sangue, após o período de férias e regresso às rotinas, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, através do diretor, António Gandra D’Almeida e de outros membros do Conselho de Gestão e Diretores de Departamento, promoveu, esta quinta-feira, uma ação de Dádiva de Sangue no IPST, IP – Instituto Português do Sangue e da Transplantação, no Porto, com o objetivo de sensibilizar a população para esta temática.
“Quisemos dar o exemplo e desafiar os portugueses a doar sangue. Um pequeno gesto voluntário que pode fazer a diferença para tantos doentes, no apoio a cirurgias, transplantes ou tratamentos. Apelamos aos portugueses que sejam solidários e participem regularmente em dádivas de sangue, contribuindo para o equilíbrio entre as reservas de sangue existentes, a nível nacional, e a necessidade de utilização de sangue pelas diversas instituições de saúde nos cuidados a prestar aos utentes”, afirmou António Gandra D’Almeida, Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde.
“Com o aumento de realização de cirurgias, transplantes ou tratamentos que se tem verificado, a necessidade dos componentes sanguíneos também aumenta, pelo que a dádiva de sangue é essencial para todo este processo. Daí, este nosso apelo para que a população doe sangue”, concluiu o Diretor Executivo do SNS.
Jorge Condeço, Diretor Técnico do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, realçou que “o IPST monitoriza, de forma permanente, as reservas de sangue a nível nacional. As férias e a deslocação das pessoas para fora da sua área de residência, durante épocas sazonais, tornam sempre mais difícil a manutenção das reservas em níveis confortáveis nestes períodos. Este ano, porém, sentimos que a estabilidade ainda não foi recuperada após o período de férias de verão, tornando-se importante reforçar o pedido, aos dadores e potenciais dadores de sangue, para uma nova dádiva de sangue.”
Os grupos sanguíneos mais afetados são o A positivo, o O negativo, o O positivo e o A negativo, necessitando os hospitais portugueses entre 800 a 1000 unidades de sangue e componentes sanguíneos todos os dias, condicionados pela limitação de armazenamento dos componentes sanguíneos (35 a 42 dias para os concentrados eritrocitários; 5 a 7 dias para as plaquetas); os dadores de sangue, sendo homens, só podem realizar a sua dádiva de três em três meses e, sendo mulheres, de quatro em quatro meses.
A nível nacional, as colheitas de sangue são realizadas pelo IPST, IP, responsável por cerca de 60%, sendo os restantes 40% colhidos pelos serviços hospitalares.
Os dadores encontram mais informações sobre no site do IPST, IP, Instituto Português do Sangue e Transplantação, IP., nomeadamente sobre os locais de colheita fixos e condições e cuidados a ter.