A menopausa é uma etapa impactante do ciclo de vida da mulher e traz consigo mudanças significativas que afetam não só o bem-estar físico, mental e social, mas também a sua cavidade oral.
Face a esta problemática, e reforçando o seu compromisso de cuidado para com a saúde oral dos portugueses, a Clínica Médis, marca do Grupo Ageas Portugal, procura explicar de que forma esta área é afetada pelas mudanças hormonais típicas da menopausa.
A menopausa caracteriza-se por uma diminuição na produção de estrogénio pelos ovários. A maioria das mulheres começa a sentir os primeiros sinais por volta dos 45 anos, podendo estes durar cerca de quatro a sete anos até à confirmação do último ciclo menstrual e estender-se após a mesma. Os sintomas sistémicos mais comuns da menopausa são os afrontamentos e suores, seguidos de alterações ginecológicas, urinárias e psicológicas. A diminuição do estrogénio afeta também os tecidos da cavidade oral, podendo reduzir a densidade óssea dos maxilares, tornando as gengivas mais sensíveis à agressão bacteriana e alterando a produção de saliva. Estas alterações podem traduzir-se no surgimento ou agravamento de certas patologias orais como os síndromes da boca seca e da boca ardente, a candidíase oral, a cárie dentária e a doença periodontal.
A doença periodontal representa cerca de 60% das queixas orais das mulheres durante a menopausa. Embora não seja causada diretamente pela diminuição de estrogénio, esta pode acelerar a progressão da doença e dificultar a recuperação dos tecidos. A doença periodontal inicial – gengivite – caracteriza-se por uma inflamação reversível das gengivas. Se esta não for tratada atempadamente, tende a evoluir para periodontite, com destruição irreversível do osso de suporte e eventual mobilidade e perda de dentes. Além disso, existe uma associação entre a periodontite e certas patologias metabólicas e cardiovasculares como a diabetes tipo II e o colesterol.
O tratamento e controlo periódico da periodontite pelo médico dentista é essencial. Contudo, existem fatores de risco cruciais que devem ser controlados pelo próprio paciente, como a higiene oral diária, o tabagismo e o stress. Qualquer paciente, e neste caso específico as mulheres, a partir dos 45/50 anos, deve estar atento a sinais de alerta como gengivas inchadas, hemorragia ao escovar ou um aumento súbito do aparecimento de cáries.
Hábitos que certamente irão diminuir o impacto negativo destes processos biológicos. Embora a menopausa seja um processo natural e expectável, estas alterações têm um enorme impacto na qualidade de vida e no bem-estar psicossocial das mulheres. É normal que exista algum desconforto em abordar estes aspetos. O médico dentista não tem necessariamente de fazer perguntas específicas no decorrer da consulta, mas tem de estar atento.
Através da promoção da literacia em saúde, a Clínica Médis está empenhada em difundir conhecimentos sobre os efeitos da menopausa na saúde oral, disponibilizando orientação e tratamentos adequados a todas as portuguesas. Para a marca, é importante atenuar o desconforto oral associado a esta fase e melhorar assim a qualidade de vida das mulheres.