Estes são alguns dos principais resultados do estudo de Fim de Ano da Associação Gallup International (GIA), realizado em 41 países a nível mundial, e em Portugal pela Intercampus.
63% dos portugueses inquiridos defende que 2024 será um ano de difícil prosperidade económica, 19% considera que será idêntico a 2023 e 17% acredita que poderá ser um ano financeiramente próspero. A nível global, a maioria também espera dificuldades económicas em vez de prosperidade no próximo ano, embora o pico do pessimismo económico tenha passado com a COVID-19.
Ainda que as expectativas demonstrem alguns sinais de alívio, estes revelam-se bastante fracos e a União Europeia permanece entre os lugares mais pessimistas. 39% dos inquiridos a nível global espera um ano de mais dificuldades económicas, ficando nove pontos abaixo da mesma análise em 2022. As expectativas de prosperidade ou, pelo menos, de ausência de mudanças, por outro lado, indicam algum aumento, mas o pessimismo ainda prevalece.
Também as expectativas para o ano de 2024 mostram o desânimo dos portugueses: apenas 29% dos inquiridos nacionais revela sentir-se otimista em relação a 2024, enquanto 44% considera que não teremos um ano melhor, valor superior à média global.
Dois em cada cinco entrevistados em todo o mundo esperam um ano melhor e um em cada quatro espera um pior. Cerca de 30% espera o mesmo ano do anterior. A Alemanha, os EUA e a Rússia são alguns dos países que revelaram uma ligeira melhoria nas expectativas em comparação com o final de 2022, embora permaneçam preocupados.
Oito em cada dez cidadãos de todos os continentes temem uma possível guerra nuclear, avaliando o risco como moderado ou alto. Para os portugueses, esta é outra das preocupações em 2024: 53% considera que existe, atualmente, um risco elevado de utilização de armas nucleares, 41% considera que este risco é moderado e só para 3% dos inquiridos nacionais é que não existe risco.
Em comparação com o ano anterior, a nível global, os receios nucleares para 2024 não demonstram nenhuma redução significativa. Dois quintos das pessoas entrevistadas veem agora um alto risco de uso de armas nucleares. Quase a mesma proporção de avaliações de risco moderado e apenas 14% não vê risco. Os restantes inquiridos não conseguiram responder.
Fonte: Intercampus Portugal