Um estudo recentemente publicado propôs investigar a relação entre o tempo frio e a predisposição a beber álcool. Dados de mais de 190 países encontraram uma forte conexão entre temperaturas mais baixas e menos horas de insolação a um maior consumo de álcool.
É sobretudo nas horas de menor exposição solar que se apontam os estados de embriaguez mais evidentes. As conclusões deste estudo, segundo os seus autores, podem servir para melhorar o combate ao elevado número de casos de excessos de álcool.
Embora a investigação seja oriunda do Reino Unido, os investigadores dão o exemplo de países nórdicos, – Islândia e Suécia -, onde a grande aposta é nos desportos de inverno para ocupar os mais jovens, que estão entre os que mais bebem, e no aumento das taxas das bebidas alcoólicas, respetivamente.
Foram ainda identificados pelo estudo vários fatores para o consumo de álcool, entre os quais o papel do preço das bebidas, apesar de esta ter sido uma causa afastada pelos investigadores deste estudo. As dietas alimentares, normas sociais e influências mais amplas também são fatores que podem determinar o consumo de álcool.
A professora de assistência social para adultos na Manchester Metropolitan University, Sarah Galvani, alerta contra uma interpretação literal da pesquisa. «Há muitas razões pelas quais as pessoas bebem demais. Beber está culturalmente determinado e pode advir de uma variedade de influências», esclarece a professora.