De acordo com um novo estudo feito por investigadores da Suécia e da Holanda, o tamanho das nossas pupilas muda conforme respiramos. A cada inspiração e expiração que realizamos, as pupilas dilatam para se adaptar às necessidades do corpo.
Estudos anteriores sugerem que as pupilas dilatam quando inspiramos, enquanto uma revisão feita em 2022 afirma que havia “evidências inconclusivas” para esse fenómeno. O neurocientista do Instituto Karolinska, na Suécia, Martin Schaefer e seus colegas decidiram abordas as limitações dos estudos anteriores.
Numa série de experiências, os investigadores usaram uma câmara especial para medir o tamanho das pupilas de mais de 100 voluntários enquanto eles estavam em repouso. “O tamanho da pupila atinge consistentemente seu mínimo no início da inspiração e seu máximo durante a expiração”, disseram os cientistas em relatório.
Esse mesmo padrão esteve presente quando os voluntários realizavam tarefas visuais simples ou apenas olhavam para um ponto. Os dados vão de encontro com publicações anteriores que afirmam que as pupilas são menores ao expirarmos.
Segundo Schaefer, as novas descobertas sugerem a possibilidade de que a perceção visual em si possa alterar o tamanho das pupilas durante a inspiração e a expiração. Os especialistas também afirmam que esse fenómeno pode ocorrer devido a outros fatores, como estado emocional, excitação física e também em resposta a medicamentos.
A dilatação das pupilas é frequentemente usada pelos médicos para avaliar o nível de consciência e detetar condições de saúde mental. Entender mais sobre o seu comportamento criaria uma ferramenta de diagnóstico ainda mais poderosa.