Os cientistas da Universidade do Sul da Dinamarca (SDU) estão intrigados pelo aumento das alforrecas (também conhecidas por medusas), avança a Euronews.
«Os cientistas mergulham nas águas, observam estas espécies gelatinosas e recolhem amostras. Também monitorizam temperaturas da água, salinidade e outros fatores para entender melhor a razão de haver tantas alforrecas», refere a noticia.
«As alforrecas que estão a estudar não são conhecidas por picar os banhistas. Mas têm uma biomassa tão densa que prejudica outras espécies», é avançado, «em todo o mundo, as alforrecas picam turistas, entopem redes de pesca e bloqueiam as canalizações de água. Há até receios de que se expandam tanto que possam vir a substituir todas as outras espécies marinhas, mas Jamileh Javidpour, que estuda alforrecas há mais de 20 anos, diz que ainda não sabemos o suficiente para fazer este tipo de previsões».
Como alimento: Comum na Ásia e a atrair interesse na Europa, as alforrecas são baixas em carboidratos e lípidos, mas ricas em proteínas e minerais.
Contra os microplásticos: Um projeto da UE desenvolveu um filtro de microplásticos com muco de alforrecas. Estes biofiltros podem ser usados nas centrais de tratamento de resíduos e em fábricas.
«Na Ásia, é comum comer-se alforreca. Na Europa, também começam a ser feitas as primeiras experiências gastronómicas», avança a Euronews, tendo falado com o chef Fabiano Viva que trabalha num restaurante de Lecce que faz parte de um projeto europeu que explora as alforrecas como alimento.
«O chef Viva acredita que os apreciadores de marisco vão gostar de alforrecas cozidas, porque têm um saber intenso a mar», avança a noticia.
«As alforrecas muitas vezes não são bem vistas porque podem picar e ferir. As pessoas pensam que também podem ser prejudiciais para comer”, diz Fabiano Viva à Euronews, «vamos desmistificar este mito: (algumas) alforrecas não são prejudiciais de todo. Na verdade, são simplesmente deliciosas!»