A maior parte de nós gosta de estar perto do mar. Olhar para as correntes e para o movimento das ondas do mar parece ter um efeito calmante para o Ser Humano. O ritmo e o sons da maré são considerados por muitos uma experiência quase meditativa que nos ajuda a relaxar.
Não é assim totalmente surpreendente que um grupo de investigadores tenha publicado um estudo na publicação Health and Place que associa uma vida junto ao mar, com uma melhor saúde mental.
Aproveitando os dados de mais de 26 000 pessoas presentes no principal inquérito sobre a saúde na Inglaterra, o estudo concluiu que 1 em cada 6 participantes (17%) apresentavam sintomas de ansiedade ou depressão. Mais especificamente descobriram que aqueles que viviam a menos de um quilometro da costa marítima registavam uma mais saudável saúde mental do que os que viviam a mais de 50 quilómetros do mar.
Esta situação foi particularmente clara quando avaliado apenas as famílias e indivíduos com rendimentos mais baixos. De acordo com o estudo este é um grupo demográfico mais permeável a este tipo de problemas de saúde. Uma das autoras deste Estudo afirmou que pela primeira vez ficou comprovado que as pessoas mais pobres que vivem junto ao mar apresentam menos sintomas de ansiedade e depressão.
Podendo este ser assim um fator a considerar pela Sociedade em geral na tentativa de equilibrar algumas das disparidades entre ricos e pobres. São assim necessárias novas políticas de investimento na proteção e desenvolvimento das zonas costeiras, sobretudo numa era em que o Aquecimento Global “ameaça” aumentar tanto o nível do mar como a intensidade de algumas tempestades.
É certo que nem todos temos a capacidade financeira para ir viver junto ao mar. No entanto caso esteja desesperadamente à procura de encontrar uma maior paz de espírito saiba que já outros diversos estudos apontam para que uma simples saída do meio urbano e citadino pode ajudar nesse processo. Caso isso se compadeça como uma presença junto ao mar, melhor ainda tal como ficou agora comprovado.