Sem importantes reformas estruturais países como a Espanha, Itália, Japão, Portugal e Grécia irão enfrentar a médio prazo um aumento exponencial da divida pública. Este é o aviso da agência internacional Moody`s, apresentado num recente relatório sofre este fenómeno demográfico, que alerta para os elevados “custos” que uma população excessivamente envelhecida pode ter para as sociedades ocidentais.
Já na próxima década é estimado que os primeiros países a sentir este impacto sejam a Itália e o Japão. Até 2040, estima-se que a divida pública destes dois países possa subir para 250% e 300% respetivamente.
Este relatório produzido pela agência de rating norte-americana focou-se nos 12 países da OCDE que apresentam índices mais elevados de envelhecimento. O problema das pensões nestes países será particularmente difícil de gerir. Se até 2040 os índices de produtividade na maioria destes países não aumentarem consideravelmente então o mais certo será que terão que existir diversos cortes aos valores das pensões e alterações à forma como estas são concedidas. Caso contrário, o impacto na dívida pública será avassalador, visto que o valor gasto em pensões irá ter que atingir mais de um quarto do PIB produzido em países como a Grécia, Itália, Portugal ou Espanha.
A Moody`s alerta que perante este cenário é absolutamente imperativo que sejam pensadas e implementadas medidas urgentes com o objetivo de combater os efeitos negativos do envelhecimento generalizado da população. “Esperamos alguma resposta política que na prática consiga minimizar os impactos na divida pública e estimule o crescimento nestes países”, conclui o relatório.