Ninguém deseja tornar-se refém de um medo irracional. Ninguém gosta de perceber que certas situações mundanas despertam níveis perigosos de ansiedade, que colocam em causa o nosso próprio bem-estara. No entanto, e infelizmente, milhares de pessoas sofrem com os impactos negativos deste tipo de fobias.
Os sintomas são habitualmente semelhantes aos de um ataque de pânico. Hiperventilação, náuseas, intenso receio sobre o futuro, exasperação, etc. Uma fobia pode ser sentida como uma espécie de sentença que nos acompanha toda a vida. Algo que restringe a nossa capacidade de nos sentirmos seguros e confortáveis. É frequente que este tipo de situação possa dar origem a fenômenos de maior isolamento social. Acabando desta forma por progressivamente ir agudizando ainda mais o problema.
Felizmente existem formas e estratégias que todos podemos utilizar para procurar combater e resolver algumas destas fobias. Eis 5 passos essenciais que irão auxiliar este processo de “recuperação”, explicados pelos especialistas do portal Psychology Today.
- Reconhecimento
O primeiro passo para que possa ultrapassar uma qualquer fobia passa por reconhecer que esta existe e que é completamente irracional. Em muitos casos, este tipo de situações é gerado por um qualquer acontecimento traumático que despoleta esta resposta emocional. No entanto, uma fobia pode também ter origem em outros tipos de fatores. Genética, química cerebral, padrões comportamentais e condições ambientais, tudo isto pode ser um elemento determinante para a formação de uma patologia.
- Identificar os “gatilhos” emocionais
Os gatilhos são todo o tipo de pensamentos, situações ou emoções que possam ativar a resposta a um medo irracional. Por exemplo, se alguém tiver uma fobia de aranhas (aracnofobia) então é provável que a mera ideia de uma aranha possa provocar um ataque de pânico. Ver uma teia de aranha ou simplesmente começar a sentir-se mais nervoso pode dar início a um estado de pânico generalizado.
O trabalho desenvolvido junto de um terapeuta será importante para conseguir identificar os diferentes tipos de gatilhos emocionais que podem estar a provocar e agudizar o problema. Este tipo de compreensão irá mais tarde permitir que se estabeleçam técnicas de maior controlo emocional.
- Biofeedback
Um terapeuta irá sempre procurar perceber o que está a provocar um determinado medo irracional. Para tal, será essencial compreender exatamente a resposta fisiológica que um determinado individuo apresenta. Uma descrição minuciosa do que é sentido física e psicologicamente é determinante para que se possa criar uma terapêutica eficaz. Irá permitir que o cliente possa estar mais rapidamente atento aos sinais que o próprio corpo está a enviar. Possibilitando, por sua vez, que se possam definir estratégias de atuação para cada um desses momentos.
- Efetuar uma mudança cognitiva
Um dos passos mais importante no tratamento de uma fobia é capacidade que o terapeuta terá de ajudar o paciente a compreender os factos e impactos reais de um determinado medo. Desafiar a irracionalidade desses pensamentos destrutivos irá criar espaço para que possam surgir novas ideias mais saudáveis. Nomeadamente, pensamentos que solidifiquem o facto de que o objeto da nossa fobia não é realmente perigoso ou assustador.
- Técnicas de relaxamento
Tão ou mais importante do que a capacidade de reconhecer os sinais do problema é a forma como aprendemos a reagir. Assim que um sujeito regista um dos seus gatilhos emocionais é determinante que seja capaz logo de iniciar certas técnicas de relaxamento que possam ajudar a controlar a evolução do medo e da ansiedade. A ideia não é ignorar o problema e pensar em algo totalmente diferente, mas sim conseguir acalmar o seu organismo através de uma maior reflexão cognitiva e de uma prática de exercícios mindfulness (nomeadamente controlo da respiração).
- Exposição
A partir do momento em que um indivíduo teve já um acompanhamento clínico e passa a ser capaz de melhor compreender o que provoca a sua fobia e quais as estratégias mais eficazes para a controlar, então é hora de se desafiar. Deve dar-se início a uma exposição sistemática a situações sensíveis. Momento capazes de induzir a resposta de pânico. Aos poucos, o indivíduo irá começar a conseguir ter um controlo maior sobre as situações, evitando respostas emocionais descontroladas.