Ninho Vazio. Será que um animal de estimação pode ser a solução?

Quando os filhos saem de casa pode ser necessário encontrar algo que preencha esse “vazio”.

Este é um momento difícil para muitos pais. Quando os nossos filhos atingem a idade adulta e decidem finalmente que querem sair da casa da família, isso pode gerar uma grande tensão e ansiedade.

A síndrome de ninho vazio representa exatamente o luto e a perda de propósito que os pais podem sentir nestes momentos. Subitamente a casa fica vazia e o “papel” da parentalidade ativa torna-se vazio. Isso obriga a que muito pais tenham que repensar a sua vida e encontrar novas fontes de gratificação.

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Muitos escolham adotar uma animal de estimação durante esta fase. Mas será este o melhor caminho? Sendo certo que a companhia de um animal pode trazer inúmeros incrível benefício, verdade é que isto representa também uma séria responsabilidade e um compromisso de longo-prazo que por vezes são desvalorizados.

Eis alguns dos pontos negativos e positivos que deve considerar, de forma a decidir se deve ou não adotar um novo animal de estimação.

 

Pontos positivos

 

  1. Melhor condição física e saúde mental

Um cão é um animal que necessita de visitar o exterior e fazer exercício físico com frequência. Por sua vez isto funciona como uma fonte de enorme motivação para que os donos decidam sair mais vezes de casa para ir dar passeios no exterior. Esta atividade terá associada inúmeros benefícios para a sua saúde, tais como uma melhor condição física, mais baixa pressão arterial e níveis inferiores de colesterol. Estudos confirmam que cuidar de um animal pode também ajudar-nos a gerir melhor o stress, a reduzir a solidão e a aumentar a nossa sensação de felicidade.

 

  1. Manter uma rotina

Enquanto somos pais de filhos menores a nossa rotina “gira” em torno dos horários dos filhos. Quando deixamos de ter essa responsabilidade pode ser complicado ajustar-nos a um horário mais vazio e sem tantos compromissos. Cuidar de um cão obriga-nos a cumprir um certo número de tarefas diárias que trazem estabilidade ao nosso quotidiano. Ir dar passeio, cuidar do pelo, dar de comer, treinar, etc.

 

  1. Melhorar as nossas interações sociais

Fazer novos amigos pode tornar-se mais complicado a partir de uma certa idade. As diversas transições ao longo da nossa vida podem ser capazes de afastar e quebrar certos círculos de amizade. Felizmente cuidar de um cão pode ser algo que nos obriga naturalmente a conhecer novas pessoas. Seja no jardim ou nas aulas de treino, o contacto com os outros é quase inevitável. A simples presença de um animal pode também ajudar a que nos sintamos mais confiantes e menos ansiosos.

 

Pontos negativos

 

  1. Riscos para a saúde?

Regra geral ter um animal de estimação é algo benéfico para a sua condição de saúde. Todavia cuidar de uma animal pode também ter associado um conjunto de riscos menores que devem ser considerados. Cães mais fortes e descontrolados podem causar quedas e lesões. Adicionalmente existem um conjunto de doenças e infeções que podem ser transmitidas via animal e que podem representar um risco sério para indivíduos mais vulneráveis.

 

  1. Dificultar o viajar

Um dos pontos positivos associados ao momento em que os filhos crescem e saem de casa é que podemos finalmente viajar com maior liberdade e sem grandes preocupações. Ao trazer um animal para o sue lar estará mais uma vez a dificultar este processo. Nem sempre é fácil conseguir conjugar as nossas viagens com os animais. Apesar de existirem diversas soluções, este é um processo que pode oferecer muitas dores de cabeça.

 

  1. O custo financeiro

Se optar por comprar um animal a um criador o custo pode ser bastante elevado. Todavia mesmo que escolha adotar um animal num canil, a verdade é que vão sempre existir custos que terá que considerar. As vacinas, idas ao veterinário, a ração, os brinquedos e camas são tudo coisas que terá que assegurar ao longo da vida do animal e que podem representar um grande fardo financeiro. Faça esta análise antes de escolher acolher um animal no seu lar.

 

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