As pessoas que comem mais carne vermelha, especialmente se for processada como bacon, salsicha e mortadela, têm maior probabilidade de ter um risco maior de declínio cognitivo e demência em comparação com aquelas que comem muito pouca carne vermelha, de acordo com um estudo do Massachusetts General publicado em ‘Neurology’, a revista médica da Academia Americana de Neurologia.
«A carne vermelha é rica em gordura saturada e estudos anteriores demonstraram aumentar o risco de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, que estão associadas a problemas de saúde cerebral», disse o autor do estudo, Dr. Dong Wang, do Brigham and Women’s Hospital, em Boston.
»O nosso estudo descobriu que a carne vermelha processada pode aumentar o risco de declínio cognitivo e demência, mas a boa notícia é que também descobriu que substituí-la por alternativas mais saudáveis, como nozes, peixe e aves, pode reduzir o risco», reforça.
Os investigadores definiram carne vermelha processada como bacon, salsichas, frios, salame, mortadela e outros produtos de carne processada e carne vermelha não processada como bovina, suína, cordeiro e hambúrguer. Uma porção de carne vermelha equivale a 85 gramas, mais ou menos do tamanho de um baralho de cartas. Os pesquisadores calcularam quanta carne vermelha os participantes comiam em média por dia.
Descobriram que as pessoas que comiam uma ou mais porções de carne vermelha não processada por dia tinham um risco 16% maior de declínio cognitivo subjetivo em comparação com as pessoas que comiam menos de meia porção por dia.
Descobriram também que substituir uma porção diária de carne vermelha processada por uma porção diária de nozes e legumes estava associada a um risco 19% menor de demência.