A ativista moçambicana dos direitos humanos Alice Mabota morreu esta quinta-feira vítima de doença, na África do Sul, disse à Lusa fonte familiar.
“Confirmo, sim, que ela [Alice Mabota] deixou-nos”, afirmou a fonte, confirmando informações que circulam nas redes sociais sobre a morte da ativista, aos 74 anos.
A defensora dos direitos humanos encontrava-se internada num hospital na África do Sul.
Alice Mabota foi fundadora e presidente da Liga dos Direitos Humanos (LDH), a primeira organização independente neste domínio em Moçambique, e destacou-se como uma crítica e denunciante feroz dos abusos dos direitos humanos cometidos por entidades estatais, principalmente pelas forças policiais.
Também teve uma incursão na política, tendo tentado concorrer à Presidência da República nas eleições gerais de 2019, mas sem sucesso, uma vez que a sua candidatura foi rejeitada por erros processuais.
A última aparição pública de Alice Mabota foi como advogada de defesa de um dos funcionários de uma casa de câmbios acusada pela justiça moçambicana de ter sido usada como veículo para a lavagem de dinheiro do escândalo das dívidas ocultas.