A família de Benacerraf informou da morte em Caracas da premiada cineasta, fundadora da Cinemateca Nacional da Venezuela.
“Era uma mulher absolutamente avançada e vanguardista”, disse à France-Presse Alexandra Cariani, diretora da Fundação Margot Benacerraf, que trabalhou com a cineasta durante nove anos.
Benacerraf fez dois filmes: “Reverón” (1952), curta-metragem em homenagem ao pintor venezuelano Armando Reverón, considerado um dos artistas mais importantes do século XX na América, com quem foi a Cannes em 1953, e depois ” Araya” (1958), um docuficção poético sobre a vida dos trabalhadores das minas de sal do nordeste do país, que esteve na corrida à Palma de Ouro no ano seguinte.
“Orfeu Negro” foi o vencedor, mas “Araya” recebeu o prémio da crítica internacional, FIPRESCI, e lançou Benacerraf para a fama.