A Kuwait TV iniciou a programação com versos do Alcorão pouco antes de fazer o anúncio, avança a Lusa.
No final de novembro, o xeque Nawaf foi hospitalizado devido a uma doença não especificada e desde então, a pequena nação, rica em petróleo, tem aguardado notícias sobre a sua saúde.
O noticiário da televisão pública informou anteriormente que o xeque viajou para os Estados Unidos para exames médicos não especificados em março de 2021.
A saúde dos líderes do Kuwait continua a ser um assunto sensível na nação do Médio Oriente que faz fronteira com o Iraque e a Arábia Saudita, que tem assistido a lutas internas pelo poder à porta do palácio.
O xeque Nawaf tomou posse como emir após a morte, em 2020, do seu antecessor, xeque Sabah Al Ahmad Al Sabah.
A emoção pela perda do xeque Sabah, conhecido pela sua diplomacia e pelo seu trabalho de pacificação, foi sentida em toda a região.
O xeque Nawaf foi anteriormente ministro do Interior e da Defesa do Kuwait, mas não era visto como particularmente ativo no Governo fora dessas funções. No entanto, a sua escolha para emir foi, em grande medida, incontroversa, embora a sua idade avançada tenha levado os analistas a sugerir que o seu mandato seria curto.
O xeque Meshal Al Ahmad Al Jaber, atualmente com 83 anos, é considerado o príncipe herdeiro mais velho do mundo. Está na linha da frente para assumir o cargo de governante do Kuwait.
O Kuwait, uma nação com cerca de 4,2 milhões de habitantes, possui a sexta maior reserva mundial de petróleo.
Tem sido um firme aliado dos EUA desde que a Guerra do Golfo de 1991 expulsou as forças iraquianas ocupantes de Saddam Hussein. O Kuwait acolhe cerca de 13.500 soldados americanos no país, bem como o quartel-general avançado do Exército dos EUA no Médio Oriente.