Ethel Kennedy, viúva de Robert F. Kennedy (assassinado em 1968) e matriarca da família, morreu hoje de manhã aos 96 anos, devido a complicações resultantes de um acidente vascular cerebral, adiantou a sua família.
“É com o coração cheio de amor que anunciamos a morte da nossa maravilhosa avó, Ethel Kennedy. Além de uma vida inteira de trabalho em prol da justiça social e dos direitos humanos, deixa nove filhos, 34 netos e 24 bisnetos, bem como numerosos sobrinhos e sobrinhas, todos os quais a amam muito”, realçou hoje o seu neto Joe Kennedy III, ex-congressista democrata do Massachusetts, na rede social X.
Kennedy enfatizou que Ethel era “uma católica devota e de comunhão diária” e afirmou que a conforta “saber que se reuniu com o amor da sua vida, Robert F. Kennedy”.
Após o assassinato do marido, em 1968, enquanto estava num hotel, Ethel dedicou-se a cuidar dos seus onze filhos e fundou o Centro Robert F. Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos.
Em 2014, o então Presidente Barack Obama atribuiu-lhe a Medalha Presidencial da Liberdade pelo seu envolvimento em diversas causas sociais.
Ethel Skakel, o seu apelido antes de se casar com o político, nasceu em 11 de abril de 1928 em Chicago, e conheceu o seu futuro marido em 1945 numa estância de esqui, embora nessa altura o democrata namorasse com a sua irmã mais velha, Patricia, segundo uma biografia oficial.
No entanto, Ethel e “Bobby” — alcunha do político — acabaram por casar em 1950 e um ano depois tiveram a primeira filha, Kathleen.
Robert F. Kennedy era senador por Nova Iorque e, em 1968, apresentou a sua candidatura às eleições presidenciais, pouco antes de ser assassinado.
Ethel Kennedy morre cerca de seis semanas depois de o seu terceiro filho, Robert F. Kennedy Jr., ter terminado a sua campanha eleitoral há cerca de seis semanas e se ter posicionado a favor do candidato republicano Donald Trump.
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