Ahmad Jamal, considerado um dos mais importantes pianistas da história do jazz e que atuou várias vezes em Portugal, morreu no domingo aos 92 anos, revelou a sua mulher, avança a Lusa.
Laura Hess-Hey confirmou ao jornal Washington Post a morte do músico, que começou a sua carreira profissional aos 14 anos na sua terra natal, Pittsburgh, Estados Unidos da América, mas não adiantou mais informações.
O pianista tocou por diversas vezes em Portugal, em festivais como Estoril Jazz, que encerrou em 1994, na sua primeira atuação em Portugal, Loulé, em 2001, e em Guimarães, em novembro de 2007, no seu último concerto no país, alguns dias depois de se ter apresentado no Centro Cultural de Belém.
Ahmad Jamal tocou também na Culturgest, em Lisboa, em 1996.
Nos últimos anos, o guitarrista português Pedro Madaleno, com o contrabaixista Yuri Daniel e o baterista Alexandre Frazão, tem levado o “Tributo a Ahmad Jamal” a diferentes palcos, revistando a sua música.
Frederick Russell Jones, conhecido na infância como Fritz, nasceu em Pittsburgh em 02 de julho de 1930, e começou a tocar aos 3 anos, quando um tio o desafiou a imitá-lo no piano da família.
Em 1950 mudou-se para Chicago, onde se converteu ao Islão, assumindo o nome de Ahmad Jamal.
Foi considerado o Mestre do Jazz em 1994 pelo National Endowment for the Arts e ganhou um Grammy Lifetime Achievement já em 2017.
Tendo como formato musical preferido o trio ao longo da sua carreira de cerca de sete décadas, gravou, em 1958, “Ahmad Jamal at the Pershing: But Not For Me”, um álbum que atingiu um milhão de cópias vendidas e permaneceu nas tabelas da revista Billboard por mais de 100 semanas.
Um dos músicos contemporâneos mais proeminentes a reconhecer Jamal como uma influência foi o trompetista Miles Davis e pianistas tão diversos como McCoy Tyner, Cedar Walton e Bill Charlap também admitiram a sua influência.