O ‘Helen KellerPrize for Vision Research’, um prémio internacional de reconhecimento da excelência em investigação, foi atribuído a José Cunha Vaz em Seattle, nos Estados Unidos, pela Helen KellerFoundation e a BrightFocus Foundation, num congresso que reuniu mais de 10 mil especialistas em oftalmologista, de 75 países.
A carreira de José Cunha-Vaz conta com descobertas científicas usadas até hoje, como a localização anatómica e fisiológica, na década de 1960, da barreira hemato-retiniana que evita que substâncias químicas nocivas da corrente sanguínea entrem no olho (como no cérebro).
Trata-se, segundo a AIBILI, de descobertas fundamentais que vieram a ser confirmadas no cérebro e que estão na base da compreensão de doenças como o edema macular cistóide, neovascularização ocular, degenerescência macular e a retinopatia diabética.
A invenção da técnica de fluorometria vítrea, na década de 1970, levou à criação de um instrumento de diagnóstico, o Fluorotron Master, que permite quantificar, de forma não invasiva, as alterações da permeabilidade da barreira hemato-retiniana, que ocorre frequentemente em situações de formação de novos vasos sanguíneos anormais na retina.
O professor catedrático emérito de oftalmologia na Universidade de Coimbra foi ainda pioneiro na introdução da imagiologia multimodal do fundo do olho, nos anos 2000, combinando diferentes imagens para um diagnóstico mais preciso da retinopatia diabética e degenerescência macular da idade.
José Cunha-Vaz conta com distinções como a Ordem de Mérito e a Ordem do Infante D. Henrique, a medalha de Ouro Helmholtz da European Society of Ophthalmology e o Prémio Nacional de Saúde.
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Lusa