Desde a sua criação em 2005, que o festival tem vindo a crescer, tornando-se uma referência no âmbito do circuito de mostras de construtores de instrumentos musicais populares em Portugal e na Galiza. Nas palavras da organização, “o objetivo é dar continuidade a ações de salvaguarda do património musical português e aumentar o grau de partilha com músicos populares de outros países”. A organização destaca ainda a singularidade das oficinas previstas na programação pelo “facto de permitir ao público a experimentação de instrumentos musicais fora do comum, como a nickelharpa ou a sanfona”.
A feira de construtores de instrumentos é inevitavelmente um dos maiores atrativos do festival, mas no programa destacam-se ainda concertos com artistas incontornáveis no panorama da música folk contemporânea. Desde a Orquestra Bamba Social, a trazer as sonoridades brasileiras e o calor das rodas de samba, aos Galandum Galundaina, quarteto que explora o cancioneiro mirandês e que ainda durante este mês de Maio lançam novo single intitulado “Júlia”. Projetos como Pedro Viana & João Martins que unem a sanfona à viola braguesa e CRUA, um sexteto de vozes femininas, que através dos seus adufes e percursões têm a festa garantida. Diretamente do Irão chega-nos, ainda, Saeid Shanbehzadeh com o melhor da gaita-de-foles persa, e da Galiza chegam os Muiñeiros do Sarela com as aconchegantes cantigas de taberna. A programação fica completa com a performance circense “Circoreto” da Companhia Nuvem Voadora e o DJ Set de músicas do mundo Urbano Ferreira a convidar à dança na primeira noite.