Por que gostamos (tanto) de comer bolas de Berlim no verão?

Há um passado negro por detrás do sucesso da rainha dos areais portugueses.

Não há verão que se preze sem as famosas bolas de Berlim. Mas, afinal, como surgiu o hábito de comermos este bolo junto ao mar? Desde quando? E como é que o negócio das bolinhas fritas chegou a Portugal? O jornal espanhol “El Mundo” conta tudo.

Para explicar este ritual de praia, temos de recuar aos tempos da Segunda Guerra Mundial, de 1939 a 1945. Segundo o jornal, há memória deste bolo nas praias portuguesas desde a primeira metade do século XX, graças a milhares de refugiados judeus, que escolheram Lisboa para exilar-se, com a ascenção do nazismo.

Entre os judeus alemães que fugiram para terras lusas estava a família Davidsohn. Com eles, chegou ao país a receita do bolo, que, na Alemanha, se chama pfannkuchen, mas é mais conhecido como berlinner ou krapfen.

Na adaptação portuguesa da receita, o bolo é recheado com doce de ovos. Já na versão original, a berlinense, o recheio é, principalmente, de morango ou framboesa.