Quais são as cirurgias mais arriscadas depois dos 65 anos?

Um estudo identificou as 227 intervenções cirúrgicas mais perigosas para pacientes mais envelhecidos. Conheça aqui as principais conclusões.

Um aspeto fundamental de qualquer decisão é compreender o risco associado à mesma. Sobretudo no que diz respeito a tratamentos ou intervenções de saúde, estar ciente da probabilidade de algo poder correr mal ou dos efeitos secundários é imprescindível.

Ao longo do processo de envelhecimento o nosso corpo tende a ter uma menor capacidade de recuperação. Adicionalmente certas cirurgias podem tornar-se mais arriscadas devido a um organismo mais fragilizado ou à existência de problemas médicos pré-existentes.

 

Assim um grupo de investigadores publicou em 2015 um estudo que procura identificar alguns dos procedimentos mais perigosos para pacientes seniores. Esta lista foi criada utilizando os dados de admissão de milhares de pacientes com mais de 65 anos.

De acordo com os investigadores, estes são 5 das cirurgias que se revelaram mais perigosas.

 

  1. Remoção de glândulas suprarrenais

Uma adrenalectomia é uma cirurgia que remove uma ou duas glândulas adrenais – ou suprarrenais. Esta glândulas são responsáveis pela produção de certas hormonas fundamentais para o correto funcionamento do nosso organismo. Por vezes pode aparecer um tumor junto a estas glândulas, e nestes casos é necessária a sua remoção. Esta cirurgia tem um tempo médio de recuperação de 2 a 6 semanas e os riscos associados incluem o aparecimento de coágulos sanguíneos, infeções e alta pressão arterial.

  1. Desobstrução das artérias carótidas

A endarteriectomia carotídea é um tratamento cirúrgico que consiste na remoção de placas de gordura que se podem acumular nas artérias carótidas. O objetivo desta intervenção é restaurar a correta circulação sanguínea até ao cérebro. É bastante eficaz na redução preventiva do risco de AVC. No entanto é uma cirurgia arriscada, que pode resultar na formação de coágulos de sangue. É uma intervenção que pode provocar um AVC e assim ser fatal. Apesar de tudo isto, existem já diversos medicamentos que ajudam a reduzir estes riscos.

  1. Bypass gástrico

Esta é uma cirurgia que visa a redução do peso corporal através de uma alteração na forma como o estômago e o intestino processam os alimentos que ingere. Devido aos riscos associados, existem inúmeros critérios que têm que ser cumpridos para que um paciente possa avançar com esta intervenção. A perfuração do estômago ou dos intestinos, a mal nutrição e a síndrome de Dumping (quando os alimentos chegam diretamente ao intestino sem serem digeridos) são algumas das questões que podem afetar os pacientes após a cirurgia.

  1. Substituição ou dissecação da aorta abdominal

Quando um vaso sanguíneo no abdómen se danifica ou se expande anormalmente é necessário que este seja substituído ou dissecado. O aneurisma da aorta abdominal é o mais frequente e potencialmente mais fatal caso de dilatação arterial que necessita de um tratamento cirúrgico. Esta intervenção é, no entanto, arriscada e pode resultar numa embolia pulmonar, numa infeção ou num preocupante excesso de sangramento.

  1. Reconstrução urinária

Em alguns casos pode ser necessária a remoção da bexiga. Isto acontece sobretudo devido à formação de um cancro nesta área ou de uma bexiga que deixa de funcionar devido a outros problemas médicos. O procedimento de reconstrução urinária vai procurar criar uma nova forma de libertação de urina sem que seja necessário a atuação da bexiga. Os riscos desta cirurgia estão sobretudo relacionados com as chances de que a urina retorne aos rins, causando infeções, pedras renais e outro tipo de danos nos órgãos vitais.

 

 

 

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