A pesquisa da Binghamton University e da University College London revela que terminar uma relação atinge mais profundamente os homens do que as mulheres, começa por referir o Washington Post.
O estudo entrevistou 5.705 pessoas em 96 países e descobriu que as mulheres sentem um desgosto e um sofrimento mais imediato no final de um relacionamento, mas os homens vivem um trauma emocional maior ao longo do tempo.
Muitos entrevistados do sexo masculino deram a entender que nunca superaram certos rompimentos, mesmo décadas depois. A pesquisa apontou que as mulheres superam o fim de um namoro ou de um casamento mais rapidamente, enquanto os homens, apesar de se envolverem com outras mulheres, continuam sentindo o fim da relação durante mais tempo.
O estudo foi conduzido pelo antropólogo Craig Morris. Morris atribui a dor persistente dos homens à expectativa da cultura ocidental de que eles devem ser “duros”, ou seja, não podem demonstrar os seus sentimentos.
A pesquisa utilizou dados recolhidos principalmente em países como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha.
A maneira como as pessoas do sexo masculino e do sexo feminino lidam com o final das relações vai contra o que a biologia evolutiva diz.
Como os homens podem ter quantos filhos quiserem com o número de parceiras que quiserem, não há necessidade de serem exigentes como as mulheres, que só têm algumas hipóteses de se reproduzir com a pessoa certa. Então, faria mais sentido se os homens superassem o fim rapidamente, já que eles têm menos a perder escolhendo a parceira errada. Mas, como a pesquisa indica, o coração masculino pode superar a biologia.