Quer ter um cérebro saudável? Siga estas dicas

Estudo norte-americano comparou as capacidades dos vegetais e de suplementos vitamínicos.

Milhões de pessoas, particularmente as que têm mais de 50 anos, tomam suplementos vitamínicos, muitas vezes, sob o pressuposto de que estes oferecem benefícios para melhorar a saúde do cérebro. Porém, de acordo com um novo relatório, financiado por uma organização norte-americana sem fins lucrativos – não partidária, que capacita as pessoas a escolherem como vivem à medida que envelhecem -, a AARP, não há nada melhor para o cérebro do que comer uma dieta saudável e equilibrada.

Este relatório foi resultado de uma colaboração internacional de cientistas, académicos, médicos, e especialistas em nutrição que reviu os benefícios dos suplementos nutricionais, para a saúde cerebral de pessoas com mais de 50 anos. O conselho dos especialistas sugere, então, à luz das suas conclusões, que as pessoas gastem menos dinheiro na compra de suplementos e invistam em alimentos frescos, nomeadamente, vegetais.

Segundo a AARP, 26% dos norte-americanos com 50 anos ou mais tomam pelo menos um suplemento por motivos de saúde cerebral. A indústria de suplementos vitamínicos está em constante crescimento, a gerar biliões de dólares todos os anos em vendas globais e com a previsão de se manter até 2023.

Isto significa «um grande desperdício de dinheiro», pois existem poucas evidências científicas que «suportem um uso disseminado dos suplementos para a saúde do cérebro», de acordo com a conclusão do estudo. Os suplementos dietéticos estão sujeitos a um processo diferente de avaliação do que os medicamentos prescritos e de venda livre, o que pode ser uma surpresa para quase metade (49%) dos adultos mais velhos que acredita que esses suplementos são aprovados por instituições responsáveis.

Embora todas essas instituições exijam que qualquer alegação de benefícios para a saúde tenha de ser confirmada por uma prova científica de confiança, na realidade, nenhuma agência reguladora pode tomar medidas contra um produto até que ele já esteja no mercado. Portanto, qualquer suplemento no mercado pode orgulhar-se de aumentar a memória, de prevenir a doença de Alzheimer ou aumentar a função cerebral cognitiva, sem que isso seja necessariamente verdade.