É necessário desmitificar alguns dos mitos mais falados para fazer a melhor escolha e continuar a optar por este tipo de veículos:
“A autonomia dos carros elétricos é muito baixa”: A autonomia dos carros elétricos vai sempre depender do modelo e da gama do carro elétrico escolhido. Atualmente, a evolução tecnológica permite que existam baterias que permitem percorrer mais de 800 km, sendo que nos novos modelos a média será já superior a 400 km, o que permite fazer viagens mais longas sem sofrer de ansiedade de autonomia.
“As baterias demoram muito tempo a carregar”: O tempo de carregamento da bateria de um carro elétrico depende de vários fatores. Apesar do abastecimento de um carro a combustão ser rápido, em comparação ao carregamento de um carro elétrico, hoje em dia, já existem soluções mais eficazes. Os postos de carregamento rápido vieram ajudar nesse sentido: por exemplo, consegue-se carregar o equivalente a 100 km de autonomia em menos de meia hora, ou até em menos de 5 minutos, caso se trate de um posto ultrarrápido dos mais potentes. Atualmente, os modelos elétricos mais evoluídos incluem um sistema de navegação que calcula as paragens para carregamento necessárias ao longo de um trajeto e, tendo as paragens para carregamento definidas, alguns automóveis podem antecipadamente adaptar condições da bateria (por exemplo, a temperatura) para que, ao chegar ao posto de carregamento, as condições sejam ótimas para que a bateria receba energia, o que reduz ainda mais o tempo de carregamento.
“A bateria de um carro elétrico fica viciada”: Assim como qualquer carro a combustão, os carros elétricos também se vão desgastando com o uso, ao longo dos anos. No entanto, as baterias dos carros elétricos são otimizadas, ou seja, estão feitas para não perderem a sua capacidade. Atualmente, as baterias duram mais de 10 anos sem que o seu rendimento diminua muito ao longo do tempo.
“As baterias dos carros elétricos podem explodir”: Assim como um carro a combustão, num carro elétrico também pode correr este tipo de riscos, em circunstâncias excecionais, como por exemplo, acidentes. Mesmo em acidentes, esta situação está acautelada pela forma como as baterias (que incluem reforços estruturais) estão acopladas às carroçarias. Ainda assim, um carro elétrico não se incendeia com tanta facilidade como um carro a combustão, porque as baterias estão equipadas com mecanismos que permitem o seu arrefecimento.
“As baterias dos carros elétricos não são recicladas”: O fabrico de baterias dos carros elétricos implica o recurso de metais raros, que não podem ser descartados da forma convencional. Por isso é que a reciclagem se torna dispendiosa e poucas pessoas a fazem. No entanto, existem muitas marcas que já têm programas de reaproveitamento dos metais raros das baterias usadas para a produção de novas ou que reaproveitam estas baterias quando já não estão aptas a funcionar nos veículos, para a chamada “segunda vida” que pode consistir, por exemplo, na armazenagem de energia produzida em edifícios ou pequenas comunidades. A longo prazo, é possível alcançar uma taxa de reciclagem de até 97%, com baixo impacto ambiental, uma vez que cada vez mais a energia utilizada neste processo é proveniente de fontes renováveis.