Este é um retrato abrangente e ambicioso da primeira portuguesa a receber o Prémio Camões e da única mulher escritora sepultada no Panteão Nacional.
Nesta nova edição da biografia de Sophia, publicada pela primeira vez no centenário do seu nascimento, em 2019, a autora percorre os lugares que fizeram parte da história da poeta (do Porto a Lisboa e ao Algarve, da Grécia à ilha do Mar do Norte, de onde o seu bisavô Andresen era oriundo) e fala com quem ela privou, como o amigo Manuel Alegre, o ensaísta Eduardo Lourenço, o pescador José Muchacho (que a levava de barco a visitar as grutas de Lagos), companheiros das letras e da política, parentes, tradutores e investigadores, num total de seis dezenas de testemunhos que nos ajudam a compreender o contexto histórico e as relações familiares de Sophia.
“Esta não é uma biografia autorizada Esta não é uma biografia para Sophia, é antes uma biografia sobre Sophia. Nunca conheci Sophia, nem mesmo como jornalista. No entanto, também é verdade que sempre conheci Sophia. Através dos textos que nos deixou porque Sophia foi uma mulher que fez acontecer Portugal”, escreve Isabel Nery, na introdução.
Isabel Nery é jornalista, ensaísta e autora de várias obras de não-ficção, como esta biografia (2019, 3ª edição), Chorei de Véspera – Ensaio sobre a Morte por Amor à Vida (2016), As Prisioneiras – Mães Atrás das Grades (2012) e Política e Jornais – Encontros Mediáticos (2004). Doutorada em Ciências da Comunicação, com tese sobre Jornalismo Literário e Neurociências, foi também vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e é membro do comité executivo do projeto Literacia para os Media e Jornalismo.Passou pela televisão, diários e semanários, tendo trabalhado quinze anos (até 2017) na revista VISÃO, onde escreveu para as secções de Sociedade, Internacional e Política. Fez parte da equipa que criou a VISÃO Júnior, revista de que foi editora. Foi distinguida com vários prémios, entre eles o Prémio Mulher Reportagem Maria Lamas, o Prémio Jornalismo pela Tolerância, o Prémio Paridade Mulheres e Homens na Comunicação Social, e o Prémio Jornalismo e Integração, da UNESCO.