3 dicas essenciais para ajudar a educar bem um adolescente

Este é um enorme desafio para muitos pais que acabam por não saber bem como dar a resposta mais adequada ao comportamento dos seus filhos.

Educar um adolescente nunca é um exercício fácil. A partir dos 13 anos de idade é habitual que os jovens comecem a demonstrar um maior desejo de autonomia e uma maior vontade de questionar as regras impostas pelos seus pais.

As imposições provocadas pela pandemia tornaram esta fase de crescimento dos jovens potencialmente ainda mais problemática. As inúmeras restrições ao movimento, circulação e convívio com amigos são particularmente difíceis para os jovens. De resto os receios associados ao seu futuro profissional e ao colapso da economia contribuem ainda mais para acentuar a frustração destes. Tudo isto tem contribuído para elevadas taxas de suicídio na adolescência.

[Leia também: Estas são as situações em que os avós devem (mesmo) intervir]

Todos os pais desejam conseguir proteger os seus filhos destes problemas. Sendo certo que isso nem sempre é possível, a verdade é que existem algumas decisões que podem ser tomadas para auxiliar a jornada de crescimento dos mais jovens.

De acordo com os especialistas do portal Psychology Today, estas são algumas das dicas essenciais que todos os pais podem (e devem) seguir.

 

  1. Siga as necessidades dos seus filhos; mesmo que isso vá contra a educação que recebeu

Todas as crianças são diferentes. Estas personalidades necessitam assim de um apoio diferenciado. Alguns adolescentes necessitam, por exemplo, de uma maior liberdade, outros precisam de um “controlo” mais atento. Não existe uma formula mágica universal. Neste sentido não deve simplesmente educar os seus filhos da mesma forma que os seus pais fizeram consigo. Seja flexível e procure sempre ir ao encontro das necessidades identificadas em cada um. Procure ouvir verdadeiramente os seus filhos e a partir daí ajude-os a definir um “caminho” positivo. Sem grandes imposições, mas sim com respeito pelas suas vontades.

 

  1. Procure definir momentos de conversação

É fundamental que tente ativamente perceber qual o estado de disposição emocional do seu filho. Procure perceber como se sente, quais os desafios, problemas, preocupações, etc. Não deixe de colocar questões. Ao invés de perguntar apenas “como correu hoje a escola?” escolha antes perguntar “qual foi a melhor e pior coisa do teu dia hoje?”. Estes tipos de “rituais” podem facilitar a comunicação.

De resto, é essencial que tente organizar ao longo da semana momentos de convívio familiar que possibilitem a discussão e interação. Jantares de família, conversar enquanto viajam de carro ou enquanto assistem a um evento desportivo, etc. Proteja estas linhas acessíveis de comunicação direta.

 

  1. Encoraje uma vida extracurricular estimulante ao invés da perfeição académica

É habitual que os pais acabem por incutir nos seus filhos uma elevada pressão para que estes consigam obter resultados excecionais na escola. Sendo certo que isso é algo importante e que pode contribuir para abrir algumas “portas” nos momentos de decisão, é igualmente fundamental que se compreenda a forma incrível como as atividades extracurriculares podem moldar positivamente o futuro de um jovem.

Os benefícios associados a uma participação ativa em atividades desportivas ou artísticas não devem nunca ser menosprezados. Por vezes é melhor privilegiar estes momentos em comparação com a excelência acadêmica, de forma a proteger o bem-estar dos jovens, fomentando o seu desenvolvimento enquanto indivíduos – tanto a nível pessoal como profissional.

 

 

[Leia também: Ninho vazio. Afinal, o que fazer quando os filhos saem de casa?]

 

Ler Mais