6 mitos (perigosos) sobre distúrbios e doenças mentais que deve esquecer

Estas são algumas das ideias incorretas mais associadas a estes tipos de problemas.

Os mitos que se criam em torno do que significa ter uma doença mental não são inofensivos. A verdade é que grande parte do estigma que ainda existe sobre este tema tem a sua origem nestas ideias falsas. A vergonha associada à saúde mental é um dos elementos que mais impede as pessoas de procurar ajuda, pelo que é um real problema.

Parte de cada um de nós ter a capacidade de questionar algumas destas ideias pré-concebidas. Compreender melhor a origem e as características de alguns dos principais distúrbios mentais irá permitir-nos aceitar e normalizar o tema.

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Eis alguns dos principais mitos e preconceitos que deve (mesmo) esquecer, explicados pelo portal Psychology Today.

 

  1. As pessoas com doenças mentais são perigosas

Na maior parte dos casos estas pessoas são tão perigosas como o resto da população. A ideia de que representam um risco para a sociedade é um mito prejudicial que acaba por agravar ainda mais o problema. Habitualmente as pessoas com distúrbios mentais são até mais vulneráveis e têm uma maior probabilidade de ser vítimas de violência.

 

  1. Estas pessoas são mais fracas

Errado. Uma doença mental não representa um sinal de fraqueza. Este tipo de patologias podem ter a sua origem em inúmeros diferentes fatores: historial familiar, problemas médicos, personalidade, condições económicas, etc. De resto, é até bastante comum que estas pessoas demonstrem uma força enorme para tentar lidar e gerir adequadamente os seus desequilíbrios mentais. Para tal é necessária uma enorme coragem.

 

  1. As pessoas com doenças mentais apenas querem atenção

Infelizmente esta é ainda uma ideia comum. Existe um enorme estigma em torno da depressão, por exemplo. A sociedade demonstra uma enorme dificuldade em aceitar as pessoas que sofrem com esta condição médica. Ninguém escolhe ter um problema mental, isso é impossível. Pelo que este tipo de atitude por parte da sociedade apenas contribui para agravar os sintomas mais negativos, acabando por alienar ainda mais o individuo.

 

  1. As crianças não sofrem destes problemas

Errado. Os mais novos podem estar vulneráveis a um conjunto alargado de problemas mentais. Existe sempre alguma hesitação e cuidado para não diagnosticar uma determinada doença mental a uma criança muito nova, na medida em que isso pode prejudicar o seu desenvolvimento. Todavia isso não significa que não estejam a sofrer. Felizmente nos últimos anos tem aparecido novas terapêuticas que procuram apoiar o crescimento do jovem e acompanhar as suas dificuldades de uma forma mais eficaz ao longo da infância e adolescência.

 

  1. Basta que tomem a medicação

Sendo certos que existe um conjunto de medicamentos que têm provado ser eficazes no controlo de algumas das principais doenças mentais, a verdade é que esta não é uma solução milagrosa. Uma doença mental não se cura com um simples comprimido. Habitualmente os melhores resultados surgem quando existe uma combinação de medicação e de psicoterapia que ajude a “desbloquear” alguns dos principais obstáculos mentais e emocionais. É um processo lento que exige um acompanhamento prolongado no tempo.

 

  1. Uma doença mental não tem solução

Existe uma enorme investigação em torno da eficácia das principias terapêuticas associadas aos problemas mentais. Sendo certo que para muitas pessoas uma doença mental é algo com o qual terão que lidar toda uma vida, é também verdade que muitos destes indivíduos conseguem aprender a lidar e controlar a situação. Retomando assim alguma da sua “funcionalidade” e recuperando a capacidade de apreciarem a sua vida. Para algumas pessoas o tratamento pode ser tão eficaz que se verifique uma resolução praticamente completa das suas dificuldades.

 

 

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