No dia em que o MAR Shopping Matosinhos comemorou dez anos, 16 de outubro, premiou o projeto vencedor do “Concurso de Projetos Solidários”, entitulado Já Cheira a Esturro. Este projeto parte da ideia de que cozinhar é terapêutico e que na cozinha podem despertar-se sensações e apelar à memória de pessoas portadoras de Alzheimer, através da integração de atividades culinárias nas suas rotinas.
Integrado na política de responsabilidade social, o “Concurso de Projetos Solidários” é uma iniciativa do MAR Shopping Matosinhos em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos. O critério de seleção do vencedor foi o mérito e a inovação da causa.
O Centro Social e Paroquial do Padrão da Légua foi a Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que propôs a iniciativa vencedora a concurso. Nesse âmbito, o MAR atribuiu o apoio de cinco mil euros ao projeto laureado, que será implementado no próximo ano.
O centro comercial matosinhense vai, assim, contribuir para a compra e instalação de uma cozinha doméstica, mobilada com os equipamentos necessários, no edifício central do Lar do Centro Social e Paroquial do Padrão da Légua. Esta IPSS de Matosinhos conta com 100 residentes, onde 56 são portadores de Alzheimer. O Centro de Dia acolhe, em média, 30 utentes por dia, dos quais 67 por cento são vítimas desta doença.
Resolver dois problemas é melhor que um
O Alzheimer é a forma mais comum de demência que, geralmente, se manifesta a partir dos 65 anos. A doença é caracterizada por um agravamento progressivo e um irreversível declínio das funções intelectuais como a memória, aprendizagem, pensamento abstrato e orientação.
Os portadores desta patologia têm dificuldades em comunicar, efetuar um cálculo simples e realizar tarefas. Contudo, os efeitos da doença podem ser minimizados através do envolvimento dos pacientes em atividades que os motivem e os mantenham ocupados.
Foi com este objetivo que se apresentou a concurso o Já Cheira a Esturro, orientado para uma cozinha terapêutica, que pretende estimular os doentes de Alzheimer a realizar o maior número de atividades culinárias. Por fazerem parte do seu passado, estas práticas estabelecem uma ligação com o mundo real e visam combater a solidão e, consequentemente, o isolamento social.