Se já alguma vez teve que enfrentar um ataque de pânico então é provável que saiba o quão assustador pode ser esta experiência. A sensação de ansiedade, a incapacidade de expressar um pensamento claro, o coração a bater rápido, as náuseas, tudo isto são sintomas que habitualmente acompanham um ataque de pânico.
Durante estes momentos muitas pessoas têm medo de morrer e acreditam estar a sofrer de um ataque cardíaco. No entanto nada disso é verdade. Regra geral os ataques de pânico são experiências inofensivas que não acarretam quaisquer consequências negativas. Basicamente estes momentos desagradáveis são causados sobretudo por um desequilíbrio na respiração – ou hiperventilação.
Basicamente quando respiramos demasiadamente absorvemos quantidades excessivas de dióxido de carbono. Esta situação impede que oxigénio seja corretamente libertado pela corrente sanguínea, não conseguindo assim chegar ao cérebro, aos músculos e a outros órgãos vitais. Esta falta de oxigénio pode provocar tonturas, náuseas, ansiedade, desconforto intestinal, etc.
Sendo certo que existem diversos fatores psicológicos que podem estar na origem deste tipo de ataques de pânico e que devem ser avaliados por um especialista, a verdade é que existem igualmente algumas estratégias para controlar melhor o momento de maior stress. Quando maior for a nossa incapacidade de manter a calma, pior será a experiência associada a este ataque.
De acordo com a terapeuta e psicóloga Inna Khazan, existe uma simples estratégia de respiração baseada em 3 passos que todos devem seguir para ganhar maior controlo sobre este tipo de situações, permitindo uma resposta mais saudável e eficaz.
- Aguente
Mal reconheça que está a começar a entrar em pânico e a entrar numa maior ansiedade pare de respirar. Aguente a sua respiração durante 10 segundos e conte lentamente até 10. É tão simples como isto. Repita este processo várias vezes (inspirar e “segurar” durante 10 segundos) até começar a sentir-se mais calmo. A verdade é que o simples ato de “prender” a respiração permite aumentar os níveis de dióxido carbono e conduzir mais oxigénio para o cérebro, reduzindo desta forma a sensação de sofrimento.
- Respire
À medida que a sua respiração estabiliza e se torna mais relaxado, continue a respirar de forma lenta. Não apresse os momentos de inalação, permita que o corpo faça pequenas pausas entre as respirações. Inspire como se estivesse a cheirar uma flor, aguente e exale pela boca como se estivesse a apagar uma vela.
- Observe
Por último, e à medida que a intensidade da experiência de pânico se reduz, chega o momento de começar lentamente a olhar em seu redor, captando as influências externas. Foque-se no presente e deixe que as diversas sensações se movam livremente. Procure estruturar a sua observação em torno dos seus vários sentidos. O que está a ver? O que cheira? O que sente? Qual o sabor? A resposta a este tipo de questões vai permitir que a aceite melhor o presente momento. O pânico irá começar a desaparecer.