Ao longo da História muitas têm sido as explicações fantasiosas dadas pelas pessoas para explicar certos fenômenos. Em particular, a nossa imaginação parece ser capaz de encontrar sempre um motivo, uma resposta, para diminuir o medo do desconhecido.
As supostas “maldições“ têm sido um resultado disso mesmo. Os fãs de desporto gostam de as enunciar para explicar os maus resultados da sua equipa. Quando uma causa de morte é desconhecida, então uma maldição pode explicar. Quando uma nação quer dominar um povo é fácil instigar o medo anunciado e promovendo uma qualquer maldição.
Muito têm sido os exemplos deste tipo de suposições. Eis uma lista das 5 maldições mais famosas da história que continuam envoltas num enorme mistério.
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A Maldição de Tutankamon
Foi em 1923 que uma equipa britânica de arqueólogos abriu pela primeira vez o tumulo do jovem Faraó “Rei Tut”. Dois meses após esta descoberta um dos chefes patronos deste projeto morreu devido a uma infeção bacteriana. Os jornais britânicos foram rápido a afirmar que se tratava de uma maldição provocada pelo Faraó. Desde então sempre que um outro membro da equipa morre, o tema regressa à ribalta.
Sendo certo que não é claro exatamente quantas pessoas acreditam nesta ideia, a verdade é que filmes como “A Múmia” têm perpetuado este tipo de possibilidade.
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A Maldição do Rei Polaco
Em 1973 um grupo de arqueólogos abriu o tumulo de Casemiro IV, rei polaco do século XV. Tal como no caso de Tutankamon, 50 anos antes, os meios de comunicação europeus procuram gerar um enorme alarido em torno deste evento. Alegadamente, até os próprios investigadores brincaram com a ideia de puderem vir a ser amaldiçoados.
Bastou que alguns membros da equipa morressem pouco tempo depois para que a especulação aumentasse. Foi, no entanto, descoberto que a causa de morte estava relacionada com vestígios de fungos tóxicos que foram inalados pelos arqueólogos ao visitar o túmulo.
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A Maldição do Diamante Hope
Em 1660 um negociador francês de pedras preciosas, Baptiste Tavernier, adquiriu um diamante de grandes dimensões. A origem exata do diamante era desconhecida, no entanto havia trazido de uma viagem à Índia. Já no século XX, começou um mito de que Tavernier havia roubado esta pedra a uma estátua de uma deusa Hindu. Os jornais afirmaram que o diamante estava amaldiçoado e que quem o comprasse iria certamente sofrer graves consequências.
Pierre Cartier, o conhecido joalheiro francês, usou alegadamente todas estas histórias para aumentar o preço de venda desta pedra, que acabou nas mãos de uma herdeira rica americana. Quando esta finalmente faleceu, a pedra foi doada ao Instituto Smithsonian onde permanece até aos dias de hoje.
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A Maldição de Tecumseh
Em meados do séc. XX, os media americanos começaram a notar um padrão na morte de ex-presidentes, começando em William Henry Harrison e terminando com John F. Kennedy. A cada 20 anos o povo americano elegia um presidente que acabava por morrer enquanto exercia funções.
Em 1930 foi anunciado que este padrão havia sido provocado por uma maldição imposta pelo chefe tribal Tecumseh ao então presidente americano Harrison – assim como a todos os seus subsequentes. As tropas de Harrison haviam derrotado Tecumseh na batalha de Tippecanoe em 1811. Muitos acreditam que esta história teve a sua origem em relatos de nativos americanos, sendo semelhante a muitas outras que se disseminaram desde então.
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A Maldição de Macbeth
No mundo do teatro existem inúmeras superstições. Desejar sorte é sinal de azar, por exemplo. Curiosamente é igualmente desaconselhado dizer a palavra “Macbeth” num teatro, a não ser que esteja a ser encenada a popular peça de Shakespeare. Isto está relacionado com as múltiplas tragédias que historicamente têm afetado as produções da peça Macbeth.
Tudo começou em no final do séc. XIX, quando Max Beerbohm (conhecido crítico e cartonista) inventou uma história que afirmava que o primeiro ator que interpretou “Lady Macbeth” havia falecido imediatamente antes da noite de abertura da peça. Desde então esta história tornou-se num mito popular que tem servido para justificar uma aparente maldição que afeta a produção de qualquer encenação de “Macbeth”. Sendo verdade que têm existido incidentes ao longo de mais de 400 anos, a verdade é que todos esses eventos são exagerados devido a esta suposta maldição.