A Feira dos Santos de Cerdal foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), conforme tornou público a Direção Geral do Património Cultural (DGPC)
De acordo com as últimas investigações, a DGPC refere que “a Feira dos Santos de Cerdal, remonta o século XVII, e realiza-se anualmente em Valença”.
“Apresenta-se como uma festividade cujas práticas sociais, rituais e eventos associados refletem as históricas relações luso-galaicas características do Alto Minho raiano, englobando um amplo conjunto de costumes e tradições com impacto direto e indireto na comunidade local e na região onde se insere, de ambos lados da fronteira”.
“Com raízes que se perdem no tempo, surge como manifestação já devidamente consolidada em meados do século XVIII, embora se possa apontar para uma gênese mais recuada, relacionada com uma provisão do rei Filipe IV de Espanha em favor do Mosteiro de Ganfei, no século anterior”, salienta a DGPC.
A feira secular, ‘a mãe de todas as feiras’, é um verdadeiro ex-libris do Noroeste Peninsular, com mais de 400 tendas onde se vende de tudo.
Este é o principal evento de outono da Galiza-Norte de Portugal. Trata-se de uma feira que espelha séculos de história e tradição, congregando saberes, tradições e rituais que se mantêm bem vivos.
Para José Manuel Carpinteira, “pelo seu legado histórico e pelo valor social, cultural e económico que tem para Valença e para toda a região transfronteiriça, esta feira merece o reconhecimento agora dado pela Direção Geral do Património Cultural, incluindo-a no inventário nacional do Património Cultural Imaterial. A Feira dos Santos de Cerdal é um símbolo das tradições, dos saberes, e da identidade local, sendo um motivo de orgulho para Valença, para Cerdal, e para os Valencianos e Cerdalenses, esta recente notícia da sua classificação enquanto Património Cultural Imaterial”.