O relatório de vacinação sazonal da DGS, que abrange o período entre 29 de setembro do ano passado e 11 de fevereiro, indica que foram vacinadas 2.475.279 pessoas contra a gripe e 1.968.444 com o reforço sazonal contra a covid-19.
A cobertura vacinal contra a gripe nos maiores de 60 anos está nos 65,95% e entre os 60 e os 69 anos não ultrapassa os 51,88%. A Organização Mundial de Saúde recomenda uma cobertura de 75% nas pessoas com mais de 65 anos.
As farmácias administraram até agora mais de 70% das vacinas contra a gripe e mais de 69% do reforço sazonal contra a covid-19.
A DGS reduziu a idade elegível para a vacina da gripe para os 50 anos e a diretora-geral já admitiu poder reduzir ainda mais e abranger as pessoas de 45 anos ou mais. Porém, ressalvou que a atual prioridade continua ser a vacinação dos cidadãos com 60 ou mais anos.
Em janeiro, seis sociedades médicas portuguesas juntaram-se para insistir na importância da vacinação contra a gripe, que consideram a “base do esforço” para reduzir o impacto da doença, e reiterar que as vacinas são seguras e eficazes.
Nas conclusões, considerando todas as evidências científicas recolhidas, as entidades alertam que a vacinação contra a gripe “reduz significativamente as hospitalizações e a mortalidade em doentes imunocomprometidos e em doentes com doenças respiratórias”, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), doenças cardiovasculares e diabetes.
“Estes grupos de alto risco devem ser vacinados anualmente e os profissionais de saúde devem garantir a prescrição atempada, inclusive, no momento da alta hospitalar”, sublinham.
Lusa