Um dos piores hábitos para a saúde é fumar, mas à medida que a ciência ganha cada vez mais conhecimento sobre nutrição, mais especialistas estão a concluir que existe algo tão mau quanto, ou pior que, cigarros: alimentos ultraprocessados.
Chris van Tulleken estev no podcast CEO Diary com o apresentador Steven Bartlett, e explicou que «durante muito tempo, ficámos extremamente confusos sobre o que comer».
«A má nutrição — ou seja, uma dieta rica em alimentos ultraprocessados (AUP) — ultrapassou o tabaco como a principal causa de morte prematura no planeta Terra, para humanos, os animais que criamos e a vida selvagem», diz Van Tulleken.
Isso acontece porque os alimentos ultraprocessados são produzidos por um sistema alimentar que é a principal causa da perda de biodiversidade , a segunda principal causa de emissões de carbono e a principal causa de poluição plástica.
Cerca de 12 anos atrás, a definição foi desenvolvida para descrever a dieta industrial do oeste americano . Foi feito por uma equipa no Brasil, e muitos dos melhores trabalhos sobre esse tópico foram feitos na América Central e do Sul.
Van Tulleken diz que isso ocorre porque em países como México, Colômbia e Brasil, «a obesidade era praticamente desconhecida e, numa década, tornou-se n principal problema de saúde pública». Segundo o médico, ninguém conhecia ninguém obeso antes; agora, apenas 10 anos depois, «todos conhecem alguém que sofreu uma amputação devido ao diabetes tipo 2».
Mas o que mudou?
O médico explica: «A única coisa que mudou foi a introdução de uma dieta americana baseada em alimentos industrializados. A definição foi inventada em 2009/2010, e há uma década temos evidências muito claras de que os alimentos ultraprocessados são responsáveis não apenas pelo ganho de peso e obesidade durante a pandemia, mas também por uma longa lista de outros problemas de saúde, incluindo morte prematura».
O médico refere que alimentos ultraprocessados são tão viciantes quanto tabaco, álcool, jogos de azar e drogas para algumas pessoas, e essa afirmação é baseada em evidências. E alerta que insistir que alguém pare de comer junk food para perder peso e ser mais saudável não ajuda.