E se todos se recusassem a fazer a guerra?
“As Formigas” tece o retrato de soldados, uns “pobres diabos” combatentes em plena zona de conflito, onde, numa narrativa delicada, “inocente”, o cenário bélico questiona a essência da sua humanidade. Como Gandhi proclamou com veemência, “A guerra é o maior dos tormentos que afligem a humanidade; é a mãe de todas as misérias.”
Enquanto, no meio do caos e da loucura, persistem na busca de uma normalidade frágil entre os embates brutais, esses guerreiros testemunham a lama, a morte onipresente, a devastação que tudo consome e o desespero que permeia o campo de batalha. São compelidos a questionar, como sussurrado pelo absurdo marcial, “o sentido de suas existências num mundo à mercê da irracionalidade guerreira.”
“As Formigas” emerge como um brado de repúdio à guerra e à desumanização, como um lembrete angustiante da fragilidade humana diante da brutalidade do campo de batalha.
Em cena de 11 de janeiro a 11 de Fevereiro no Chapitô, de quinta a sábado às 21h00 e domingo às 17h00.
Ficha Artística e Técnica:
Criação Colectiva da Companhia do Chapitô
Encenação – José C. Garcia
Coreografia – Maria Radich
Interpretação – Bruno Pardo, Jorge Cruz, Pedro Diogo e Pedro da Silva
Assistência de encenação – Leandro Araújo
Progenitor Sonoro – Rui Rebelo
Desenho de Luz – José C. Garcia
Direcção de Produção – Tânia Melo Rodrigues
Designer Gráfico – Sílvio Rosado
Figurinos – Glória Mendes
Audiovisuais – Frank Saalfeld e Frederico Moreira
Fotografias: ©Rui Rebelo