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A terra continua a tremer nos Açores devido a uma nova crise sísmica

Passados que estão 25 anos do terramoto de 09 de julho de 1998, que destruiu 70% do parque habitacional da ilha do Faial.

Passados 25 anos do terramoto de 09 de julho de 1998, que matou oito pessoas e destruiu 70% do parque habitacional da ilha do Faial, nos Açores, a terra continua a tremer, devido a uma nova crise sísmica.

De acordo com o CIVISA, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, foram registados desde o início da semana dezenas de sismos (alguns dos quais sentidos), com epicentro no mar, a oeste da freguesia do Capelo, exatamente do lado oposto ao do grande sismo, que ocorreu também no mar, a apenas cinco quilómetros da ponta da Ribeirinha, na costa leste.

“A atividade sísmica a oeste da ilha do Faial encontra-se acima dos valores normais de referência”, refere o ‘site’ oficial do CIVISA, que adianta estar a acompanhar a evolução desta crise sísmica de origem tectónica, ou seja, resultante da movimentação das placas tectónicas que atravessam o grupo Central dos Açores.

Apesar do sobressalto entre a população do Faial (onde residem menos de 15 mil habitantes) devido à nova crise sísmica, José Contente, atual deputado do PS ao parlamento regional e que era secretário regional da Habitação e Obras Públicas há 25 anos, considera que o Faial “está hoje mais bem preparado para enfrentar fenómenos como o terramoto de 09 de julho de 1998”.

O ex-governante recorda, em declarações à Lusa, as dificuldades que o executivo sentiu para alojar provisoriamente as pessoas, numa primeira fase, em tendas provisórias, e depois em prefabricados.

“Houve que realojar logo aquelas pessoas, naquele verão, em termos de realojamento provisório. Eu recordo, a esta distância, que não havia prefabricados em lado nenhum, as fábricas estavam fechadas no verão. Teve de vir uma equipa do Canadá para fazer a montagem deste tipo de prefabricados”, conta.

Na altura, era presidente da Câmara Municipal da Horta Renato Leal, eleito pelo PS, que tinha saído da ilha de férias com a família, na véspera do terramoto, e que só teve noção da dimensão dos estragos quando regressou.

“Eu tinha partido na véspera, num lindíssimo dia de sol. Havia três anos que não passava férias e fui acordado julgo que meia hora depois de ter ocorrido o terramoto. A informação que o meu secretário me transmitiu apontava logo para uma situação muito desagradável”, afirma. Não se sabia ainda quantas vítimas mortais havia.

Regressou à pressa ao Faial, à boleia no avião Falcon da Força Aérea Portuguesa, onde seguiram também o primeiro-ministro de então, António Guterres, e dois ministros, Jorge Coelho e Armando Vara.

“A pedido do senhor primeiro-ministro, o piloto sobrevoou a ilha do Faial e o impacto foi horrível”, lembra, descrevendo que “havia uma quantidade de estradas que estavam obstruídas e uma grande quantidade de casas que estavam total ou parcialmente destruídas”.

Atualmente afastado da vida política ativa, Renato Leal, que foi também deputado do PS à Assembleia da República, não tem dúvidas de que o parque habitacional do Faial “está muito melhor, mais seguro”, com a reconstrução dos estragos provocados pelo terramoto, que ascenderam a 250 milhões de euros.

Quem também não esquece aquela fatídica madrugada é Fátima Quaresma, na altura residente no lugar dos Espalhafatos, freguesia da Ribeirinha, uma das muitas pessoas a ficar sem casa.

“Eu estava a trabalhar no hospital quando ocorreu o sismo. As pessoas entraram em pânico. Depois tentei regressar a casa, mas as estradas estavam obstruídas e havia muito pó no ar”, conta à Lusa.

O tremor de terra, que atingiu o grau 5,9 na escala de Richter, destruiu a ponte que ligava o centro da freguesia da Ribeirinha aos Espalhafatos, deixando a localidade isolada.

“Nós tínhamos à volta de 80 pessoas no acampamento. Depois, fomo-nos, devagarinho, organizando e fazendo a comida. Depois vieram montar as tendas e as pessoas foram, aos poucos, juntando-se à família e ao grupo”, relata Fátima, que liderou o grupo.

O seu exemplo de iniciativa levou-a a ser condecorada com uma medalha de mérito cívico, pelo Presidente da República, pelo seu papel nos meses seguintes.

Papel fundamental tiveram também os bombeiros no socorro às vítimas, quando muitos deles tinham também ficado sem teto.

“Há bombeiros que tinham casas que desapareceram. Foram também vítimas do sismo, mas largaram tudo para acudir a população. A família ficou para segundo plano. Isto é característico do que é um bombeiro voluntário”, realça António Fraga, antigo comandante dos Bombeiros Voluntários Faialenses.

O terramoto destruiu também o património religioso em muitas freguesias da ilha. Segundo Marco Luciano, ouvidor da Horta e durante anos responsável pelo processo reconstrução das igrejas, oito templos – de um total de 13 paróquias – deixaram de ter condições para o culto.

Volvidos 25 anos, o padre lamenta que o abalo tenha também deixado marcas profundas no coração dos fiéis, que considera estarem hoje mais afastados da vida religiosa do que naquele tempo.

“O que houve foi uma desertificação em crescente das pessoas. Uma desabituação, tanto da prática da fé como da vida comunitária. Atualmente, temos um Faial mais afastado da vida da Igreja do que tínhamos antes do sismo”, refere.

Hoje, há ainda duas igrejas paroquiais que não reabriram: a de Pedro Miguel, que foi reconstruída e será inaugurada ainda este mês, e a da Ribeirinha.

RF // ROC

Lusa/fim

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