Adenomiose: conheça melhor a condição que pode levar à retirada do útero

Adenomiose é uma doença benigna que afeta a camada muscular do órgão.

Adenomiose é uma doença é caracterizada pela infiltração do endométrio, que é a camada interna do útero, no miométrio, a camada muscular.

A adenomiose costuma aparecer entre os 40 e os 50 anos. A condição também pode afetar mulheres mais jovens que tenham sangramento uterino anormal e dismenorreia (cólicas antes do período menstrual).

O útero é dividido em três camadas: a serosa, a camada que o recobre; o miométrio, uma camada muscular intermediária; e o endométrio, a parte mais interna do útero. O adenomioma é quando o tecido endometrial vai parar ao miométrio, ou seja, o tecido que reveste o útero vai parar na musculatura do útero. A essa condição dá-se o nome de adenomiose.

A doença pode não apresentar sintomas, mas, em alguns casos, a adenomiose manifesta-se com:

  • Infertilidade;
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Aumento do fluxo menstrual e dos dias de período (a paciente que antes menstruava 3, 4 dias, passa a menstruar, 6, 7, 8 dias).

Diagnóstico e tratamento da adenomiose

A doença é diagnosticada através de exames de imagem. O ultrassom permite identificar um miométrio irregular, ou que o útero está com o tamanho maior que o normal, pois a infiltração do tecido endometrial do miométrio pode aumentar o volume do útero. A ressonância magnética também pode ajudar a identificar a doença.

Para doentes que apresentam cólicas muito intensas, é possível ajustar medicamentos para o controle do sintoma. Em mulheres com sangramento uterino normal, é possível fazer um bloqueio hormonal que, geralmente, é o tratamento mais indicado para a adenomiose.

Como a doença é localizada dentro do útero, a colocação do dispositivo intrauterino (DIU) medicado com levonorgestrel tem uma ação muito interessante, pois diminui as cólicas menstruais da paciente e diminui o fluxo.

A prática de um estilo de vida mais saudável , com a prática regular de atividade física, alimentação leve e equilibrada e o controle de stress, são formas complementares de tratamento.

Existem casos em que a doença possui pontos focais, o que permite a realização de uma cirurgia para se retirar apenas das regiões de foco para preservar o útero.

A histerectomia, que consiste na remoção completa do útero, é um tratamento definitivo recomendado para mulheres que não desejam engravidar e não obtiveram sucesso no controle da doença com tratamentos convencionais.

 

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