Segundo os organizadores do concurso, uma iniciativa da União da Floresta Mediterrânica (UNAC), a camélia obteve 3.900 votos, ficando em segundo lugar o chamado “sobreiro do rei”, em Mafra, Lisboa, com 3.075 votos, avança a Lusa.
A UNAC salienta em comunicado que pela segunda vez consecutiva é uma espécie exótica (um eucalipto no ano anterior) a vencer o concurso da árvore do ano.
A vencedora é uma representante da história portuguesa e das relações comerciais entre Portugal e o Japão, diz a organização, lembrando que a introdução da espécie em Portugal ocorreu através dos marinheiros das naus dos descobrimentos que traziam e levavam sementes de diferentes espécies entre os vários portos do Mundo.
O exemplar ganhador, centenário, foi considerado de interesse público devido ao seu desenho em forma de campânula, com mais de seis metros de diâmetro e outros tantos de altura.
Ao todo as 10 árvores a concurso receberam quase 25 mil votos. Nesta edição, de 44 candidaturas, a UNAC levou a votação um plátano, uma azinheira, a camélia, um cedro, uma nogueira-do-japão, uma magnólia, duas oliveiras e dois sobreiros. A votação, ‘online’, começou a 30 de novembro e terminou no passado dia 05.
“Não se pode proteger o que não se conhece, e as árvores nas cidades para além do valor paisagístico e ambiental que detêm, permitem também à sociedade em geral uma maior proximidade com aqueles que são os nossos ativos florestais basilares”, considera a UNAC.
O concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011. É uma iniciativa que todos os anos “consciencializa mais 200 mil pessoas com a natureza, promovendo o cuidado e a preocupação com 16 árvores, a unidade de 16 comunidades locais em torno de uma causa e ainda o orgulho de 16 países na sua herança natural”.
Na edição passada venceu a Polónia pelo 2.º ano consecutivo e novamente com um carvalho.
Portugal já ficou em primeiro lugar com um sobreiro, em 2018. Na última edição ficou no quinto lugar, com um eucalipto.
A UNAC representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias.