Carlos III, William, Kate e outros membros da realeza não vão votar nas eleições do Reino Unido: esta é a razão

Como os demais cidadãos do Reino Unido, o rei Carlos III, a rainha consorte Camila, o príncipe William, a princesa Kate Middleton e outros membros da realeza podem votar nas eleições britânicas.

Decidiram não fazê-lo, embora seja este uma das eleições mais esperadas numa década.

Cabe ao rei Carlos III pedir ao futuro primeiro-ministro que assuma o cargo de chefe do Executivo e forme um governo. O líder da oposição, por sua vez, será o líder do partido ou grupo parlamentar que obtiver o segundo maior número de eleitos.

Com essa incumbência de dar o sinal verde para a formação do novo governo, o monarca e outros membros da realeza adotaram historicamente uma posição política neutra. A monarquia precisa de colaborar com o Parlamento, independentemente do partido político ou grupo parlamentar que controla a Câmara dos Comuns e das suas matizes ideológicos. O mesmo se passa nas relações do reino com líderes internacionais.

Com o objetivo de manter relações cordiais com representantes de todo o espectro político do Reino Unido, os membros da Coroa não expressam as suas visões sobre o assunto — nem publicamente, nem nas urnas, embora fazê-lo não seja considerado ilegal.

O rei e os membros ativos da família real podem votar legalmente nas eleições gerais da mesma forma que outros cidadãos, mas na prática não o fazem. Isso por razões óbvias, especialmente porque causaria um furor de especulação na  imprensa e violaria a exigência constitucional atual de que eles mantenham uma estrita imparcialidade político-partidária — explica à revista Time o professor de direito constitucional no King’s College London Robert Blackburn.

 

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