Decidiram não fazê-lo, embora seja este uma das eleições mais esperadas numa década.
Cabe ao rei Carlos III pedir ao futuro primeiro-ministro que assuma o cargo de chefe do Executivo e forme um governo. O líder da oposição, por sua vez, será o líder do partido ou grupo parlamentar que obtiver o segundo maior número de eleitos.
Com essa incumbência de dar o sinal verde para a formação do novo governo, o monarca e outros membros da realeza adotaram historicamente uma posição política neutra. A monarquia precisa de colaborar com o Parlamento, independentemente do partido político ou grupo parlamentar que controla a Câmara dos Comuns e das suas matizes ideológicos. O mesmo se passa nas relações do reino com líderes internacionais.
Com o objetivo de manter relações cordiais com representantes de todo o espectro político do Reino Unido, os membros da Coroa não expressam as suas visões sobre o assunto — nem publicamente, nem nas urnas, embora fazê-lo não seja considerado ilegal.
O rei e os membros ativos da família real podem votar legalmente nas eleições gerais da mesma forma que outros cidadãos, mas na prática não o fazem. Isso por razões óbvias, especialmente porque causaria um furor de especulação na imprensa e violaria a exigência constitucional atual de que eles mantenham uma estrita imparcialidade político-partidária — explica à revista Time o professor de direito constitucional no King’s College London Robert Blackburn.