O novo edifício, situado na Avenida Dom João II, destina-se aos serviços centrais do banco (que contam com 2.500 funcionários) e, segundo a CGD, no processo de escolha os trabalhadores foram envolvidos e tornou-se “evidente a necessidade de escolher uma localização dotada de uma boa rede de transportes públicos, limitando a necessidade de recurso ao veículo privado para as suas deslocações para o trabalho”.
A CGD refere ainda que o edifício será eficiente energeticamente (classificação energética A) e que terá acesso fácil a pessoas de mobilidade reduzida.
A CGD e o Governo já tinham acordado que o banco sairia do seu atual edifício-sede, no Campo Pequeno (Av. João XXI, em Lisboa) para o Governo aí concentrar aí vários ministérios. Contudo, a CGD ainda manterá aí serviços até 2026.
O edifício vai passar este ano para o Estado em forma de dividendos, tendo sido avaliado em 361 milhões de euros.
Em janeiro, a ministra da Presidência admitiu que ainda este ano um primeiro conjunto de membros do executivo poderá mudar-se para o futuro edifício central do Governo, na atual sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Lisboa.
“As obras estão em curso, o visto do Tribunal de Contas chegou no final de 2023. Estamos a preparar-nos para podermos fazer o primeiro conjunto de ministros que muda para o novo edifício, mas isso não é previsível para o primeiro trimestre de 2024”, respondeu Mariana Vieira da Silva aos jornalistas, afastando a possibilidade de alguma mudança acontecer antes das eleições legislativas de 10 de março ou mesmo no período imediatamente posterior a esse ato eleitoral.
Em março do ano passado, o Governo estimou em 40 milhões de euros o investimento a realizar até ao final da legislatura no processo de concentração de serviços do Estado no atual edifício sede da CGD.
“Nem todos os pisos do edifício da CGD terão a mesma necessidade de obras. Ao longo da legislatura, o investimento global estimado será de 40 milhões de euros”, adiantou nessa altura o secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas.
A ministra da Presidência disse ainda em janeiro que, “ao longo deste processo, prevê-se que o Estado possa libertar um conjunto significativo de edifícios, com ganhos de 600 milhões de euros, tendo em conta o preço do metro quadrado”.
Neste conjunto de edifícios, estão excluídos os do Terreiro do Paço por terem características próprias e específicas.
Na avaliação de 600 milhões de euros de receitas feita pelo Governo, estão incluídos os edifícios da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Economia e do Mar, os do Ministério da Educação nas avenidas Infante Santo e 24 de Julho, mas também edifícios arrendados a privados, caso do Ministério da Saúde.
A CGD deve apresentar os resultados de 2023 nas próximas semanas. Entre janeiro e setembro teve lucros de 987 milhões de euros (mais 43% face ao mesmo período de 2022).
Lusa