Começa hoje o primeiro Festival Internacional de Música de Câmara de Oeiras

O concerto de abertura, acontece hoje, às 19:00, na sede da OCP, em Algés, com o ensemble inclusivo Notas de Contacto e o acordeonista Paulo Ferreira.

A primeira edição do Festival Internacional de Música de Câmara de Oeiras (FIMCO) começa hoje e decorre até domingo em quatro espaços do concelho, numa organização da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP), avança a Lusa.

O concerto de abertura, hoje, às 19:00, na sede da OCP, em Algés, com o ensemble inclusivo Notas de Contacto e o acordeonista Paulo Ferreira, traduz-se “numa criação coletiva, ‘Branca’, idealizada e construída pelos músicos do ensemble, envolvendo o público com sonoridades que vão do limiar do silêncio até a um vibrante jogo de sinos”, segundo nota da OCP.

“Numa estreia absoluta, o acordeonista Paulo Jorge Ferreira junta-se ao Notas de Contacto, numa transição para a segunda parte deste concerto: num recital totalmente improvisado, Paulo Jorge Ferreira irá criar ambientes musicais díspares e sonoridades surrealistas, utilizando os mais variados recursos técnicos e artísticos deste instrumento surpreendente, o acordeão de concerto”.

No domingo, às 17:00, no bairro dos Navegadores, em Porto Salvo, toca a Orquestra dos Navegadores (ON), sob a direção da maestrina Evelise Patrícia Veiga e do maestro Pedro Carneiro, apresentando, em estreia, “Músicas e Canções do Mundo”.

A orquestra iniciou a sua atividade em janeiro de 2019 e é composta por crianças deste bairro com idades entre os 6 e os 14 anos.

Neste concerto vai ser feita “uma apresentação criativa de instrumentos de sopro e de percussão”, com um programa que inclui “Só Música Viverá” para orquestra, “Paráfrase do Cânone de Mozart”, para sopros, “O Burrinho”, para cordas, “Uma Canção Eslava”, para orquestra, “Hino da Alegria”, de Beethoven, para cordas agudas, “Egeu”, de Bruce Piratas, para cordas graves, “O despertar da pantera”, uma apresentação criativa de instrumentos de sopro e de percussão, e “Makumana”, para orquestra.

A ON é apoiada pela câmara de Oeiras que “promove o acesso à música e à arte enquanto ferramentas para o estabelecimento de laços com a comunidade artística, com objetivos de intervenção em contextos de risco e de inclusão social dos seus participantes”.

À noite, em Algés, na sede da OCP, é apresentada “A grande tradição”, com um programa constituído por “composições amadas de compositores russos para violoncelo e piano”, com peças de Shchedrin, Rachmaninov e Tchaikovsky.

Este concerto, com coreografia e encenação de Teresa Dimas, conta com a participação de Haager-Kalmykov Duo, do violoncelista Kirill Kalmykov, da pianista Julia Haager e das bailarinas Inês Carneiro e Leonor Neves.

O Festival encerra no próximo domingo, com dois concertos, um, às 15:00, no Auditório Municipal José de Castro, em Paço de Arcos, e outro, às 16:30, no Salão Paroquial, em Nova Oeiras.

O concerto em Paço de Arcos é composto por peças de Elliot Cole, “Postludes, para vibrafone com arco”, e de Johannes Brahms, “Trio para Trompa”, sendo protagonizado pelos músicos Sofia Ruivo (violino), César Luís (trompa), Julia Haager (piano) e o grupo de percussão da OCP, constituído por Rafael Picamilho, Pedro Tavares, Tomás Moital e João Braga Simões.

Segundo a OCP, este concerto propõe “a grande música em diálogo, atravessando séculos e fronteiras: a música eterna de Brahms e os ‘Postludes’ do compositor norte-americano Elliott Cole, para quatro percussionistas num vibrafone, tangido com arcos no limiar do silêncio, pelo grupo de percussão da OCP. Escrito em 1865, o trio magistral de Brahms explora com melancolia e extraordinária beleza e harmonia inusitada do piano, do violino e da trompa, numa proximidade mágica com os intérpretes, no ambiente intimista do novo auditório José de Castro”.

Mozart, Barber, Bartók e Grieg são os compositores escolhidos para o programa do concerto às 17:30 em Nova Oeiras, com a Camerata de Cordas, a Orquestra de Câmara Portuguesa e a Jovem Orquestra Portuguesa, sob a direção musical do violoncelista Kirill Kalmykov.

 

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