Como deve um chefe de família organizar o seu orçamento?

Esta é a história de como o António, de 47 anos, pedreiro, pai de família e boa pessoa, reorganizou a sua vida financeira após ter sofrido um corte radical no seu salário

Quando se passa de solteiro para casado e ainda mais depois de se ter filhos, as finanças pessoais têm de ser reorganizadas por inteiro. O problema é que o dinheiro não estica e os gastos são sempre muitos. Um equilíbrio perfeito entre receitas e despesas é o segredo para uma saúde familiar perfeita. É chefe de família? Então, este artigo é para si. Não é? Um dia vai ser, por isso o melhor é ficar já a conhecer estas regras muito simples para alcançar a tranquilidade financeira.

Esta é a história de como o António, de 47 anos, pedreiro, pai de família e boa pessoa, reorganizou a sua vida financeira após ter sofrido um corte radical no seu salário. Ele nunca teve rendimentos muito elevados, mas os que tinha permitiam-lhe, em conjunto com o ordenado da sua esposa, pagar as despesas escolares das suas três filhas, todos os custos inerentes à casa e aos transportes e ainda lhe sobrava para se mimar com um jantar romântico e uma ida ao cinema de duas em duas semanas. Mas o que é bom nem sempre dura e há alturas em que é preciso apertar o cinto.

Este filme não lhe parece estranho? Está a passar (ou já passou) pelo mesmo? De certeza que conhece alguém que se encontra ou que já esteve nesta situação. Existem quatro regras essenciais que têm de ser seguidas para evitar o colapso financeiro.

Avaliar o seu Orçamento Atual e Definir um Plano de Ação

O António rapidamente percebeu que precisava de se organizar de uma vez por todas, tendo feito isso de uma forma muito simples: pegou numa folha de papel e na mesma anotou todas as suas fontes de rendimento (neste caso, o seu salário, mas, para outras pessoas, poderão até ser eventuais rendas de uma casa alugada) e todas as despesas fixas que tinha por mês. Para se auxiliar nesta tarefa, foi ver todas as suas faturas do mês anterior. Se desejar um método mais exato de fazer estes cálculos, pode recorrer a um simulador do orçamento familiar.

Os seus custos obviamente não podem ser superiores às suas receitas, caso contrário o seu orçamento familiar está em défice. Se os seus rendimentos são maiores do que os gastos que possui, então tem um excedente, o que é ótimo, pois esse dinheiro a mais permite-lhe financiar um hobby, uma aventura ou até aumentar as suas poupanças.

Portanto, o início do plano de ação do António assentou em perceber exatamente quanto e onde está a gastar dinheiro, para depois avaliar onde é que pode despender menos ou até deixar de gastar.

Passar à Ação: Cortar nas Despesas

Existe uma destrinça importante que tem de ser efetuada antes de mais: custos fixos versus custos variáveis. Os primeiros referem-se àqueles gastos que possui (e que vai ter sempre) todos os meses – a mensalidade do telefone, a luz, a água, o gás, o condomínio, a alimentação e afins -, enquanto que os segundos dizem respeito àquela consulta de emergência no dentista ou àquelas calças que nem precisa, mas que achou muito giras e que comprou na semana passada.

O António rapidamente chegou à conclusão de que era não era sustentável pagar 279 euros de eletricidade, atestar o depósito de gasóleo do carro com 70 euros semanalmente e a conta da água não podia continuar a passar dos 100 euros. Certo, são gastos fixos e que todas as famílias têm inevitavelmente, mas é possível cortar nos mesmos.

Em vez de ter 150 canais de TV, o António passou a ter apenas 60 (foi mais do que suficiente e, mesmo assim, ele só vê 3 ou 4). Nunca mais se esqueceu do carregador do computador ligado e o sermão para as filhas desligarem as luzes quando saem do quarto tornou-se habitual no dia-a-dia. Este excelente pai de família também compreendeu que tinha de passar a ir ao cinema só uma vez por mês ou então passar a ver mais filmes no videoclube da sua box.

Da mesma forma, enquanto utilizador assíduo do seu cartão de crédito, o António teve de mudar o mesmo e escolher um que lhe trouxesse mais benefícios. Para tomar essa decisão, ele utilizou a plataforma de comparação de cartões de crédito do ComparaJá.pt

Nos custos variáveis (quando não se trata de urgências médicas, obviamente), é possível cortar. No caso dos fixos, os mesmos geralmente dão para reduzir até 30% – este valor parece otimista (se não formos positivos, quem será?), mas se racionar melhor a água que utiliza, se escolher um pacote de televisão mais acessível ou até se mudar de operadora de telemóvel, verá que poupa drasticamente. O António aplicou e comprovou.

Ganhar Hábitos de Poupança Regulares

Com o tempo, o protagonista desta história percebeu que é nas pequenas coisas que mais se consegue economizar: na luz que fica acesa, na água que fica a correr quando lavamos os dentes – ao fim de três meses, após o corte nestes gastos desnecessários, ele percebeu que o alívio no seu orçamento mensal já ascendia a 195 euros.

“É fácil emagrecer, o problema é manter o peso depois” – é assim nas dietas e nas finanças igualmente. É preciso preservar a frugalidade após tornar os gastos mais magros e, para ajudar nesta questão, nada como abrir uma conta poupança na qual se é obrigado a colocar um montante todos os meses e que rende juros se não se retirar o dinheiro.

O António deslocou-se ao seu banco, o Mealheiro da Vida, disse no balcão que queria abrir uma conta deste género, deu 25 euros para abrir a mesma e pronto. Foi rápido e aplicou logo 25€ nas suas poupanças. Doravante, ele começou a considerar a sua poupança como um custo fixo e passou a pôr de lado 10% do seu salário logo no dia em que o recebe.

Super dica: em vez de poupar depois de gastar e de ver o que lhe resta, coloque de lado logo no início do mês.

Tentar Arranjar Rendimento Extra

Um dia, o António visitou o blog do ComparaJá.pt e percebeu que podia auferir algumas receitas adicionais através de aplicações financeiras. Neste sentido, as hipóteses de investimento que ele tinha e cujo risco era menor eram:

  • Depósitos a prazo;
  • Certificados de Aforro;
  • Certificados do Tesouro;
  • Fundos de Tesouraria.

Cada um destes produtos gera uma percentagem de retorno ao fim de algum tempo. Para ganhar um extra a médio ou longo prazo, é sem dúvida uma hipótese a considerar.

Foi o que o António fez. Escolheu os Certificados do Tesouro, que são títulos de dívida pública e com rendibilidade garantida, investiu mil euros iniciais (que é o mínimo garantido) depois de reorganizar as suas finanças e de já ter uma poupança considerável de parte, por 5 anos, o que lhe rendeu 81 euros.

É uma solução, mas existem muitas outras formas de ganhar dinheiro extra. No caso do António, a sua filha do meio resolveu começar a fazer babysitting para amealhar dinheiro para a entrada na faculdade. A família do António tornou-se criativa a ganhar dinheiro – e acredite, você também é capaz!

Temos sempre mais mês do que salário, não é verdade? Mesmo que não sejamos confrontados com um problema imediato, como foi o caso do António, podemos prevenir para depois não precisarmos de remediar. Analisar, planear, reduzir onde é preciso e tentar ganhar mais é o que um chefe de família deve fazer para organizar o seu orçamento.

Não se esqueça também de fazer como o António: fale com a sua família, partilhe decisões financeiras, para que todos possam estar em sintonia nos esforços necessários. Se todos ajudarem tudo se tornará mais simples. Trate o assunto como um desafio no qual todos têm objetivos a cumprir.

A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro, afirmou John Kennedy. Não importa se no passado cometeu erros e se atualmente ainda não organizou o seu orçamento como deve ser; o que interessa é o que vai fazer para mudar isso a partir deste momento.

 

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