Todos estamos preocupados com o impacto que o coronavírus pode ter nas nossas vidas. Temos receio de ficar doentes ou de infetar involuntariamente outros. Temos medo de perder os nossos empregos, de ver a nossa Economia a entrar numa recessão. As preocupações são muitas, mas acima de tudo, devemos estar concentrados no bem-estar daqueles que são mais vulneráveis: os idosos.
Este é sem dúvida a faixa demográfica que tem sido mais fortemente impactada pelo surto de Covid-19. O facto de terem um sistema imunitário naturalmente mais frágil e serem, frequentemente, vítimas de doenças crónicas, contribui para que se tornem alvos mais permeáveis aos efeitos negativos desta doença.
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Só nos EUA, estima-se que 8 em cada 10 mortes provocadas pela Covid-19, correspondam a pacientes com mais de 65 anos de idade.
Neste sentido, é importante nesta fase que todos procuremos estar atentos a formas de ajudar aqueles que mais necessitam. Procurando mantê-los seguros e protegidos. Eis algumas das coisas que pode fazer já.
- Ajudar a fazer compras de supermercado (ou via online)
Existem fortes restrições e limites de entradas em todas as principais superfícies comerciais. Para além de isto nos obrigar, muitas vezes, a permanecer durante largos minutos numa fila, a verdade é que estes espaços de consumo são também locais de risco de contaminação.
De forma a protegermos os mais envelhecidos e vulneráveis é fundamental que estejamos prontos para oferecer um apoio nas compras de bens essenciais. O melhor é mesmo que o seu pai ou avó permaneça em casa e que vá você adquirir tudo aquilo que ele possa necessitar.
Em alternativa pode também ajudá-los a comprar artigos em lojas online. Desta forma estará ainda a garantir uma segurança extra, não tendo ninguém que se deslocar ao exterior.
- Ligue regularmente
O isolamento social é uma consequência direta da quarentena. Para algumas pessoas esta solidão poderá tornar-se um sério problema. Não conseguir estar com outras pessoas, com os amigos, filhos, netos, pode ser a fonte de uma enorme ansiedade e tristeza.
Não deixe de tentar manter um contacto regular com estas pessoas. Tente ligar, se possível, todos os dias aos seus pais ou avós. Procure perceber como eles estão, o que precisam, o que têm feito, etc.
Melhor ainda pode experimentar fazer videochamadas. Desta forma conseguirá garantir que pelo menos todos têm a oportunidade de voltar a ver o rosto daqueles de quem mais gostam. Isto pode ser suficiente para melhorar o ânimo de qualquer avô ou pai.
- Alerte para esquemas e fraudes
Durante esta crise de saúde pública e económica, alguns criminosos têm aproveitado o estado mais vulnerável de algumas pessoas para roubar dados e dinheiro. É importante que avise os seus pais ou avós deste tipo de situações. Ajude-os a perceber o que devem (ou não) fazer. Não atender chamadas de desconhecidos, não enviar informações pessoais ou bancárias, não clicar em ofertas suspeitas, são apenas algumas das recomendações.
É também importante garantir que durante este período de quarentena eles não abrem a porta de casa a desconhecidos que se possam fazer passar por outras pessoas. Converse sobre este tema e recomende cautela máxima.
- Mantenha-os ocupados
O facto de estarmos “fechados” em casa pode apresentar alguns problemas. Um deles é sem dúvida a inatividade e o sedentarismo. Estarmos muito tempo parados sem fazer qualquer tipo de exercício físico pode prejudicar fortemente o nosso estado físico, assim como as nossa capacidade de mobilidade.
Por outro lado, o aborrecimento e o isolamento social, podem contribuir para o aparecimento de alguns sintomas de depressão, ansiedade ou dificuldade de sono.
É essencial que encoraje os seus pais e avós a manterem-se ativos. Seja a ler livros, a jogar jogos, ver filmes ou a fazer puzzles é importante que continuem a estimular a mente. É também possível fazer algum tipo de exercício dentro de casa, ajude-os a perceber que tipo de treinos e rotinas podem (e devem) seguir.
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