Cruz Vermelha quer Saúde Mental reconhecida como Direito Humano Universal

No Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala a 10 de outubro, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) continua a realizar formações em Primeiros Socorros Psicológicos. Estas ações de capacitação têm permitido à CVP consolidar e robustecer a sua rede nacional dedicada à saúde mental e apoio psicossocial e capacitar os parceiros que trabalham na primeira linha no apoio aos mais vulneráveis.

As sessões decorrem na sede nacional da organização, em Lisboa.

Estas ações de formação têm também contribuído para combater o estigma que está associado à saúde mental. Esta é uma realidade em que a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, na sigla em inglês) pretende potenciar a mudança. Por isso, a IFRC juntou-se ao apelo da Federação Mundial para a Saúde Mental neste 10 de outubro: que a Saúde Mental seja reconhecida como um Direito Humano Universal.

A IFRC recorda que, apesar de uma em cada oito pessoas viverem com uma doença mental, esta é uma das áreas mais negligenciadas da saúde pública em todo o mundo, representando em média menos de 2% dos orçamentos de saúde dos países. Além das dificuldades sentidas nos cuidados de saúde, estas pessoas são frequentemente marginalizadas pela sociedade e privadas dos seus direitos fundamentais no acesso ao emprego, educação, habitação.

As doenças relacionadas com a saúde mental são comuns e podem afetar qualquer pessoa, independentemente da idade, género, origem étnica ou situação socioeconómica. É, por isso, necessário ajudar a combater o estigma que a sociedade e os próprios doentes impõem, promovendo a quebra do ciclo de silêncio e de culpa associada à saúde mental e encorajando a procura de ajuda especializada. A criação de comunidades de apoio, a partilha de histórias de resiliência contribuem para a mudança desta realidade.

“Persiste o estigma e a falta de compreensão em relação às doenças mentais, dificultando o acesso ao apoio e tratamento adequados. É também missão e responsabilidade da Cruz Vermelha Portuguesa contribuir para mudar esta realidade”, reconhece o Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), António Saraiva, que definiu, esta, como uma das suas prioridades para o mandato iniciado este ano.

 

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