O estado do tempo no continente vai estar condicionado por “sucessivos sistemas frontais associados a depressões que se deslocam no Atlântico Norte em direção à Europa”, desde logo na terça-feira por influência da depressão Babet, informou hoje o IPMA, avança a Lusa.
De acordo com um comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o tempo em Portugal continental “vai ser condicionado pela aproximação e passagem de sucessivos sistemas frontais associados a depressões”, que “transportam na sua circulação uma massa de ar com características tropicais, destacando-se o elevado conteúdo em vapor de água”.
Na terça-feira, “a passagem de uma superfície frontal fria associada à depressão Babet (nomeada pelo Serviço Meteorológico do Reino Unido) dará origem a precipitação, por vezes forte e persistente e vento do quadrante sul, com rajadas fortes no litoral e nas terras altas”, lê-se na nota, lembrando o IPMA que “para este episódio foram já emitidos avisos meteorológicos”.
“Espera-se um novo episódio de agravamento das condições meteorológicas, no dia 19, com precipitação, por vezes forte e persistente e vento do quadrante sul, com rajadas fortes no litoral e nas terras altas, para o qual se emitirão novos avisos meteorológicos”, acrescenta o IPMA.
O instituto prevê que, no final da semana, a precipitação acumulada em cinco dias, entre hoje e sexta-feira inclusive, “deverá atingir valores muito significativos, com a generalidade das regiões Norte e Centro a poderem superar valores acumulados na ordem de 100 mm e com algumas zonas montanhosas do litoral Norte a poderem mesmo superar 200 mm”.
A temperatura do ar “tem tendência a diminuir, em especial a partir do dia 19”, prevendo-se também “o aumento da agitação marítima na costa de Portugal continental e nas zonas marítimas de responsabilidade nacional” a partir de terça-feira, “que se tornará forte e, como tal, a originar avisos referentes a agitação marítima”.
Segundo o IPMA, as previsões serão atualizadas até às 18:00 de terça-feira.
Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto e Vila Real vão estar sob aviso laranja na terça e quarta-feira devido à previsão de períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes, segundo o IPMA.
O aviso laranja para estes quatro distritos vai estar em vigor entre as 15:00 de terça-feira e as 00:00 de quarta-feira.
Os distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real já estiveram sob aviso amarelo até às 18:00 de hoje por causa da chuva, passando depois na terça-feira a laranja.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu também aviso laranja para toda a costa portuguesa devido à agitação marítima forte.
Numa nota divulgada já hoje, o IPMA indicou que os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Setúbal, Beja e Faro vão estar sob aviso laranja devido à previsão de ondas de oeste com 4,5 a 5,5 metros, com altura máxima de 9 metros entre as 06:00 e as 21:00 de terça-feira.
Estes distritos passam depois a aviso amarelo entre as 21:00 de terça-feira e as 03:00 de quarta-feira.
No que diz respeito à chuva, o IPMA emitiu também aviso amarelo para os distritos de Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Leiria, Lisboa e Santarém entre as 00:00 e as 15:00 de terça-feira.
Todos os distritos do continente, exceto Faro, Beja, Évora e Portalegre, vão estar também sob aviso amarelo entre as 00:00 e as 18:00 de terça-feira devido à previsão de vento forte do quadrante sul, com rajadas até 75 quilómetros por hora, sendo até 100 quilómetros por hora nas terras altas.
O aviso laranja indica situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
A previsão de mau tempo para os próximos dias levou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a emitir no domingo um aviso à população, alertando para a possibilidade de inundações urbanas, cheias e deslizamentos de terras.
No aviso, a ANEPC pede a “adoção de comportamentos adequados” para prevenir consequências do mau tempo, nomeadamente a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas e a fixação de estruturas soltas”.