A cantora Maria João, o contrabaixista Carlos Barretto e os pianistas Filipe Raposo e Filipe Melo são nomes para a segunda edição do festival Jazz em Monserrate, que tem início neste parque de Sintra a 08 de setembro, avança a Lusa.
O festival conta com 44 artistas, em 13 concertos distribuídos pelos dois fins de semana de 08 a 10 e de 15 a 17 de setembro, em atuações que também combinam cinema e ‘spokenword’, como indica a informação divulgada pela promotora, a Parques de Sintra – Monte da Lua.
Carlos Bica, Adolfo Luxúria Canibal, Cristina Branco e Bernardo Moreira são outros nomes de uma programação que conta ainda com o Sexteto Hot Clube Portugal, o concerto para crianças “O Jazz é fixe” e o espetáculo “O poeta da cidade”, com o ator Pedro Freitas e o saxofonista de Kenny Caetano.
O festival abre com o concerto “A Jazzar no Cinema Português”, da Zé Eduardo Unit, do contrabaixista José Eduardo, transpondo para o jazz temas de bandas sonoras de diferentes épocas.
No segundo dia, o Sexteto do Hot Clube de Portugal celebra os 75 anos da ‘casa-mãe’, associando música e histórias do jazz, seguindo-se um regresso ao universo do cinema com o pianista Filipe Melo, o baterista João Pereira e a atriz Beatriz Batarda a acompanharem um dos filmes-chave da ‘nouvelle vague’, “La Jetée”, de Chris Marker.
O cinema marca igualmente o terceiro dia do festival, domingo 10 de setembro, com o guitarrista Nuno Costa e o pianista Óscar Graça a acompanharem ao vivo, “em diálogo”, a projeção de “I don’t want to be a man”, filme mudo de Ernst Lubitsch, comédia do realizador de “A loja da esquina” rodada no início da sua carreira, na Alemanha.
No fim de semana de 15 a 17 de setembro, o festival conta com os concertos “The Art of Song vol. 1 – When Baroque Meets Jazz”, exemplo de fusão com música barroca e de tradição popular, pela cantora Rita Maria, com o pianista Filipe Raposo (sexta-feira, 15), e com o reencontro da cantora Maria João com o quarteto do contrabaixista Carlos Bica, que têm em comum os álbuns “Conversa” e “Sol”, vindos da viragem da década de 1980 para a seguinte (sábado, 16).
No último dia, domingo 17 de setembro, o trio composto pelo saxofonista João Mortágua, o contrabaixista Alvaro Rosso e a guitarrista e cantora Vânia Couto mostram como “O Jazz é Fixe”, aos mais novos.
Mais tarde, Adolfo Luxúria Canibal e Carlos Barretto olham “o abysmo sem o deixar ganhar”, num espetáculo a partir de textos e poemas publicados pela editora abysmo, fundada por João Paulo Cotrim (1965-2021).
Jazz em Monserrate encerra com um concerto do Bernardo Moreira Sexteto com a cantora Cristina Branco, na homenagem “Entre Paredes” ao guitarrista Carlos Paredes, cruzando jazz, canção e fado de Coimbra.
O festival é promovido pela Parques de Sintra, com criação artística da Clave na Mão, de Sérgio Machado Letria e Márcia Lessa.
A programação pode ser consultada em www.jazzemmonserrate.pt.