Chico Buarque foi submetido a uma cirurgia para tratar um quadro de hidrocefalia de pressão normal.
A nota divulgada detalha que o procedimento era “eletivo” —uma operação previamente planeada e agendada — e foi realizado no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.
“A cirurgia correu sem complicações e terminou rapidamente”, pode ler-se, «o artista já se encontra no quarto, em observação de pós-operatório, com o seu habitual bom humor”, complementa o texto.
A Associação de Alzheimer dos Estados Unidos explica que o quadro é marcado pelo acúmulo de fluido cerebroespinhal nos ventrículos no cérebro.
O fluido cerebroespinhal, também conhecido como líquor ou líquido cefalorraquidiano, é uma substância clara, quase transparente, que ajuda a proteger o sistema nervoso central (o cérebro e a medula espinhal).
Os ventrículos são câmaras ou cavidades que todos temos nesse órgão que fica dentro do crânio.
Na hidrocefalia de pressão normal, o fluido cerebroespinhal acumula-se acima do esperado, mas isso não chega a causar um aumento da pressão dentro do crânio suficientemente grande para levar a um diagnóstico de hipertensão intracraniana.
No entanto, o excesso de líquor pode gerar algumas consequências graves, ao pressionar partes do cérebro e gerar problemas como caminhar, dificuldades de raciocínio e memória e perda do controle da bexiga.
Ainda segundo a Associação de Alzheimer, o problema de saúde costuma aparecer principalmente em pessoas com mais de 60 ou 70 anos.
Algumas estimativas dão conta que 700 mil adultos sofrem com a hidrocefalia de pressão normal nos EUA, mas o quadro é frequentemente confundido com outras doenças, como Alzheimer ou Parkinson.
“Menos de 20% das pessoas com essa condição recebem um diagnóstico adequado”, estima a entidade.