O jet lag já não é exclusivo das viagens longas e dos voos transoceânicos. Desde há alguns anos que dá nome a um fenómeno que preocupa a população adulta onde o trabalho, a pressa ou a falta de tempo estão a dar origem a sintomas claros de stress crónico. Falamos do jet lag social, ou seja, de um atraso entre as atividades diárias e o relógio biológico, que exige por um pouco de sincronicidade.
O jet lag social ocorre quando há grandes diferenças entre o horário de sono do fim de semana (ou dia de folga) e o horário do dia de trabalho. Ou o que é a mesma coisa, como às segundas-feiras adormecemos às 23h00 e acordamos às 7h00, enquanto aos sábados ficamos acordados até de madrugada e só abrimos os olhos às 11h00.
Sabemos que o corpo é regido por ritmos circadianos, que geralmente têm um ciclo de 24 horas e nos levam a dormir à noite (quando a luz solar diminui). O problema é que, para seguir o ritmo de vida que desejamos, somos obrigados a alterá-lo, por isso o corpo está constantemente a adaptar-se aos novos horários.
É comum pensar que recuperarmos as horas de sono que perdemos durante a semana nos dias em que não trabalhamos, e que isso será benéfico. No entanto, é precisamente o contrário . Centenas de pesquisas mostram como a mudança frequente do horário de sono pode levar a sentimentos confusos e até mesmo a doenças.
O termo jet lag social é uma realidade que circula há mais de uma década em diversas conversas científicas, mas não é uma patologia nem uma doença, porém pode ser prejudicial estando relacionado a uma série de complicações.
Já deve ter reparado que o seu humor muda ao fim de semana. pois saiba que isso só tem um motivo: mudança de horário. O descanso é essencial, por isso existem formas de minimizar os efeitos desta nova tendência. A melhor opção é aproximar os horários de sono para que ambos coincidam tanto quanto possível. Ou seja, não há muita diferença entre fins de semana e dias de semana.