Não por acaso, durante um estudo recente sobre o tema (que você confere na íntegra clicando aqui), 60% dos viajantes em Portugal revelaram já ter embarcado para outros lugares sem quaisquer companhias — um incentivo para os 18% dos portugueses entrevistados que ainda planeiam viajar sozinhos no futuro.
As informações foram recentemente divulgadas pela Preply, plataforma que, no último mês, procurou compreender os cuidados de pessoas de diferentes partes do mundo enquanto turistas, bem como os principais desafios enfrentados pelos respondentes em termos de segurança.
Ao serem questionados sobre como geralmente se preparam para evitar situações de risco, em grupo ou sozinhos, 7 em cada 10 ouvidos pela especialista em línguas disseram assegurar que o local escolhido é seguro no momento do planeamento, embora apenas 32% costumem verificar os números de emergência locais antes de sair de casa.
Verão 2024, aí vamos nós!
Ilhas paradisíacas, casas de campo cheias de tranquilidade, parques temáticos… em meio a tantas atrações à espera dos viajantes, segundo o levantamento da Preply, o que não falta entre os portugueses é vontade de conhecer novos lugares… e aproveitar, aliás, o quanto antes.
Isto porque, durante o estudo, 84% dos respondentes foram enfáticos em relação aos próximos planos: pretendem viajar ainda nesta temporada de verão, época marcada pela alta das piscinas, lotação das praias e, para muitas pessoas, passeios de férias em família. Mas, afinal, será que tal planeamento levará em conta outras companhias?
Embora não tenham partilhado com a plataforma, é possível dizer que há grandes hipóteses de que o que vem pela frente seja, na verdade, algo mais intimista — sobretudo após 60% dos portugueses relatarem já ter viajado sozinhos no passado. Juntamente com eles, é importante lembrar, somam-se ainda os 18% que, mesmo nunca tendo experimentado uma aventura sem outras pessoas, disseram não ver a hora de o fazer no futuro.
33% dos portugueses já correram riscos em viagens
Que viajar desacompanhado pode ser sinónimo de liberdade não é novidade para ninguém: para muitos portugueses, decidir por conta própria o que fazer, onde ir e o que comer pode vir acompanhado da sensação de autonomia da qual muitos não abrem mão. Mas, para não correr eventuais riscos, é necessário estar atento a certas dicas de segurança — cuidados especiais nem sempre seguidos pelos entrevistados pela Preply.
No que diz respeito à segurança, por exemplo, a preocupação mais partilhada pelos entrevistados pareceu se centrar em aspectos gerais sobre a localização do destino: não por acaso, 69% dos respondentes garantiram verificar se o local que os espera é seguro antes de sair de casa.
Apenas 32% deles, por outro lado, têm o hábito de verificar os números de telefone de emergência locais durante o planeamento, percentual que cai para 18% quando se considera a prática de conferir os sinais de socorro, códigos e possíveis ações em casos de violência durante a viagem.
Essa desatenção, é importante sublinhar, vai de encontro às experiências de muitos portugueses, que não raramente envolvem pelo menos um cenário de risco durante a estadia em outros lugares.
33% dos inquiridos no levantamento, por exemplo, apontaram já ter se visto em situações de perigo como turistas, seja em bares ou em outros espaços públicos. Já 10% afirmaram ter corrido o risco de ser sequestrados enquanto viajavam, o que comprova que, não importa para onde se vá, todo cuidado é pouco.
Linguagem, uma questão de segurança
Enquanto uma plataforma de línguas, não surpreende que, ao descobrir que 18% dos respondentes estão atentos a sinais de ajuda nas suas viagens, uma das curiosidades abordadas pela Preply tenha girado em torno dos “pedidos de socorro” mais conhecidos pelos portugueses — códigos e atitudes discretas que, dependendo do país, informam que uma pessoa precisa de ajuda sem alertar quem está a causar a situação desconfortável.
Além da utilização dos números de emergência locais (73%), 37% das pessoas reforçaram saber como reagir caso alguém esteja sinalizando ajuda, percentagem semelhante à daqueles que demonstraram conhecer o famoso “pedido de pizza”, meio discreto de denunciar violência à polícia sem que o agressor perceba (39%).
Outros códigos reconhecidos no levantamento incluíram ainda o significado de desenhar um ponto preto na palma da mão (que indica que quem o fez é vítima de opressão e pede socorro) (7%), utilizar o nome “Ângela” como senha para solicitar ajuda aos funcionários de um estabelecimento (9%) e, por fim, pedir um “angel shot” ao barman em contextos de desconforto ou risco (11%).