Com direção musical e artística de Miguel Calhaz, o espetáculo propõe-se evocar 50 anos de liberdade e democracia através da recriação de emblemáticas canções dos cantautores da Revolução de Abril de 1974.
Miguel Calhaz referiu à agência Lusa que serão recriadas canções de grandes autores, como Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, Adriano Correia de Oliveira e José Mário Branco.
O músico considerou que esta “é uma reunião de amigos” conhecidos de longa data e que frequentaram o meio musical da Guarda, uma ligação que “dá o nome ao espetáculo”, apontou Miguel Calhaz.
O concerto pretende também “reforçar a ideia de que a liberdade e os direitos nunca estão cem por cento assegurados e garantidos”, sublinhou.
Pelo palco do grande auditório do TMG vão passar os músicos Sara Vidal, Luísa Vieira, Miguel Calhaz, Gilberto Costa, Rogério Pires, Miguel Cordeiro, Marcos Cavaleiro e os elementos de três grupos corais locais.
Foram convidados a participar o Grupo Coral “Pedras Vivas”, o Coro de Maçainhas e o Orfeão da Guarda.
O espetáculo conta ainda com a participação especial de Zeca Medeiros.
A ideia de envolver os coros surgiu com a experiência de Paulo José Neto, que partilha a direção coral do espetáculo com Luísa Vieira, em trabalhar com coros comunitários, explicou Miguel Calhaz.
O músico destacou que o envolvimento dos coros dará uma componente “muito interessante” ao espetáculo.
“Será uma participação muito valiosa. São as pedras preciosas da Guarda. Não só de granito se faz a cidade”, sustentou Miguel Calhaz.
O espetáculo, marcado para 21:30, envolve cerca de 100 pessoas.
Miguel Calhaz evidenciou que “é possível e é preciso” realizar projetos diferenciadores no interior do país.
“Não podemos centralizar a cultura. É muito bom poder realizar projetos deste tipo no interior”, sublinhou.
O músico e compositor afirma que o concerto “Velha Guarda” é “uma proposta de espetáculo muito aliciante”.
Miguel Calhaz, natural do distrito de Castelo Branco, assume-se como “um grande defensor do interior”. E assinala que os músicos que o acompanham no espetáculo, apesar de estarem na sua maioria a residir fora da cidade, também nunca perderam essa ligação ao interior, às suas raízes”.
EDYG // JEF
Lusa/Fim